SHOW RURAL III: Parceria entre Embrapa e Confepar apresenta \"Balde Cheio\"

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Três palestras sobre o projeto “Balde Cheio”, além de exibições do novo brinco eletrônico para bovinos, serão apresentadas pela Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP), durante o Show Rural Coopavel 2007, que acontece em Cascavel (PR), na semana de cinco a nove de fevereiro. As palestras serão ministradas pelos técnicos da Confepar (Cooperativa Agro-Industrial, de Londrina), parceira da Embrapa no projeto “Balde Cheio” e por Carlos Eduardo Silva Santos e Eli Schiffler, técnicos da Embrapa Pecuária Sudeste.

Propriedades familiares - A obtenção de lucro em propriedades familiares que antes estavam no prejuízo, o aumento da renda do pequeno produtor e a redução do êxodo rural, são alguns dos resultados do projeto “Balde Cheio”, realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP). O projeto é executado em pequenas propriedades nos Estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com métodos originais de transferência de tecnologia, dirigida a técnicos extensionistas e a produtores. Cerca de 90% desses produtores conseguiam produção diária de até 80 litros no início dos trabalhos.

Produtividade - Após ingressarem no projeto, passaram a obter de 300 litros a mais de mil litros/dia. Mas o indicador mais importante da atividade, que é a produção de leite por hectare/ano, mostrou aumento de 12 a 15 vezes, em três a quatro anos, ou seja, de 1.300% a 1.600%, atingindo, em alguns casos, 20 mil litros/hectare/ano. O projeto possui várias características inovadoras, como o fato de todas  as atividades serem realizadas nos sítios e chácaras dos pecuaristas, que não são apenas locais de dias de campo e palestras, mas verdadeiras “salas de aula”, onde se acompanha de maneira permanente a adoção das tecnologias, com a presença constante dos técnicos da Embrapa Pecuária Sudeste e do órgão parceiro.

Assistência técnica - Outra característica é a obrigatoriedade do trabalho conjunto entre a Embrapa e um órgão de extensão rural ou uma cooperativa. Os pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste visitam a propriedade a cada três meses, enquanto os técnicos da cooperativa ou da extensão rural têm presença constante, pois eles trabalham e moram no mesmo município - ou município vizinho - do produtor assistido. O trabalho se diferencia também pelo repasse não só de tecnologias, mas também de práticas de gerenciamento e contabilidade, com a exigência de escrituração em todos os passos.  O público-alvo são técnicos da extensão rural e pequenos proprietários, com terras de dois a 20 hectares, que estavam a ponto de abandonar a atividade e hoje estão numa situação confortável. Muitos desses pecuaristas já alcançaram sua autonomia e não dependem mais do apoio da Embrapa Pecuária Sudeste.

Sem paternalismo - Não há ações paternalistas ou assistencialistas, pois o aumento de renda vem da sua própria atividade, ao adotar, gradativamente, tecnologias, manejos e bom gerenciamento, pois a Embrapa e o parceiro extensionista não entram com recursos financeiros para a propriedade. O tempo de parceria dura cerca de quatro anos. São 140 municípios e mais de 1.000 propriedades participantes em São Paulo. No Paraná são 330 propriedades em 60 municípios, além de 150 propriedades em 40 municípios nos Estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além do Paraná, onde o parceiro é a Confepar – Cooperativa Central Agro-Industrial, sediada em Londrina, o projeto é executado em São Paulo com a Cati – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado) e com o Senar-SP e Faesp – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. No Estado do Rio é desenvolvido junto com o Senar -RJ e a Faerj – Federação da Agricultura do Rio de Janeiro.

Saneamento - Entre as diversas palestras previstas ao longo do Show Rural está a apresentação sobre Saneamento Básico na Zona Rural, da Embrapa Instrumentação Agropecuária, de São Carlos (SP). Na manhã de hoje o consultor Antonio Pereira de Novaes falou sobre a adoção da fossa séptica Bio-Embrapa. A fossa séptica biodigestora transforma os coliformes fecais em adubo orgânico, pelo processo de biodigestão. (Com informações da Imprensa Embrapa Sudeste e do site Show Rural)

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