SERVIÇOS PÚBLICOS SUBIRAM MAIS NO REAL
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Enquanto a inflação medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV) no município de São Paulo acumulou alta de 126% durante os oito anos do Real, os preços administrados registraram alta de 238,1%. Segundo dados divulgados hoje pelo Dieese, os serviços que possuem preços controlados pelo governo - como eletricidade, água, telefonia, transporte coletivo e impostos - subiram 259,6% no período. Já os produtos com preços administrados - basicamente gás de cozinha e combustíveis - subiram 205% entre julho de 1994 e junho deste ano. De acordo com Cornélia Nogueira Porto, coordenadora do ICV, grande parte da alta dos preços administrados deve-se ao realinhamento das tarifas públicas para viabilizar as privatizações e ao impacto da alta do dólar sobre os preços dos combustíveis após a desvalorização cambial.
Oligopólio - Os preços oligopolizados (indústria farmacêutica) também tiveram grande alta, registrando inflação de 215,1% no período. Neste grupo, o principal fator de pressão foi o comportamento dos preços dos serviços - que incluem os convênios e assistência média -, que sofreram reajustes da ordem de 499,9%. Já no mercado aberto, a inflação observada nos últimos oito anos foi de 91,5%. Os produtos subiram 197,6% e os serviços apenas 52,3%. Segundo a coordenadora do Dieese, a alta nas concorrências deve-se, principalmente, a um forte aumento nos preços promovidos logo após a mudança da moeda. Na inflação de 126% medida pelo ICV, os preços administrados, cujo peso é de 15%, contribuíram com 36 pontos percentuais. Os oligopolizados, com 21 pontos.