Seminário irá discutir produção e comercialização de milho

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A Secretaria da Agricultura, Ocepar e Faep vão promover no próximo dia 28 de julho, no auditório da Seab, o Segundo Seminário Estadual da Cadeia Produtiva do Milho. O evento, que acontecerá às vésperas do início do plantio da nova safra de verão, se destina a técnicos e produtores envolvidos com a cadeia produtiva. O objetivo é analisar a conjuntura atual e as perspectivas do mercado nacional e internacional de milho, discutir a tendência de plantio na safra normal 2004/05, avaliar os resultados obtidos pelos produtores na safra atual, debater o estágio tecnológico da produção, situação e perspectivas, além de apresentar o Plano Safra 2004/05 e as tendências climáticas para a safra de verão.

Subsídios - De acordo com Vera Zardo, engenheira agrônoma do Deral – Departamento de Economia Rural da Seab, os assuntos e informações que serão levantados durante o Seminário servirão de subsídio aos produtores e técnicos na tomada de decisão do que plantar, analisando custo de produção e perspectivas de preço e mercado para a cultura, pois o produtor de milho está cada vez mais profissional e busca informações seguras para investir em área e tecnologia.

Segurança alimentar - Já os consumidores, segundo Vera, poderão obter informações de suprimento para o próximo ano, podendo realizar um planejamento com mais segurança. O Paraná, além de ser o principal produtor de milho do país, figura como tradicional fornecedor no mercado interno, respondendo por aproximadamente 30% da oferta nacional. Em 2.003, a produção estadual foi de 14,4 milhões de toneladas, e em 2.004 a estimativa de produção é de 11,07 milhões. Grande parte do produto é consumido no próprio Estado, destinando-se às atividades pecuárias, mais especificamente para a avicultura e suinocultura. Essas atividades, em conjunto, absorvem de 40% a 50% do volume ofertado. A partir de 2.001 o Paraná conquistou um importante mercado, o da exportação. Em 2.003 exportou 2,84 milhões de toneladas, gerando uma receita de U$ 293 milhões. Em 2.004, até o momento, as exportações de milho já atingem 2,3 milhões de toneladas.

Produtividade - Estudos realizados pelo Deral constatam que a adoção de tecnologia faz do Paraná um dos Estados com maior rendimento por área. Na última safra normal a produtividade média das lavouras foi de 5.565 kg/hectare, 61% superior à média nacional. As características da comercialização do milho, historicamente com baixa liquidez e mercado de consumo restrito às cadeias pecuaristas, geraram incertezas a respeito da viabilidade econômica da cultura, explica Vera Zardo. Os preços no mercado interno, até 2.001, relacionavam-se somente à demanda pelas indústrias de carne, mais precisamente a avicultura e a e a suinocultura. Face aos riscos inerentes à atividade e à perda acumulada no período, devido à baixa remuneração do produto, além da indefinição do segmento demandador de milho, quanto a um preço base que estimulasse o plantio, fez com que os produtores optassem cada vez mais pela soja, daí as seguidas reduções de área na safra normal.

Instabilidade - Cada vez mais, o abastecimento de milho está atrelado à produção da segunda safra, que é uma safra de risco, provocando com isso uma instabilidade na oferta. Atualmente a conjuntura mudou. A política para importação tornou-se restrita devido à cotação do dólar e a possibilidade de aquisição de milho transgênico, não liberado no Brasil. Aliado à isso, com a inserção do país no mercado internacional como exportador, o produto nacional passou a ser mais valorizado, saindo do patamar histórico de R$ 7,00 a R$ 8,00 a saca. Inscrições - Poderão ser feitas pelo telefone 313-4033.

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