Seguro rural terá R$ 45 milhões no orçamento

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O Ministério da Agricultura anunciou ontem que o orçamento do próximo ano reserva R$ 45 milhões para a subvenção ao prêmio do seguro rural. A solicitação era de R$ 48 milhões. Neste ano, foram reservados R$ 10 milhões. "Nosso objetivo é impulsionar o mercado de seguro", afirmou o secretário de Política Agrícola do ministério, Ivan Wedekin, que participou ontem de reunião do Comitê Gestor do Seguro Rural. No encontro, foram definidas as regras para a subvenção do seguro rural na safra 2005/06. As subvenções serão destinadas às culturas de arroz, maçã, soja e uva (30%), algodão, milho e trigo (40%) e feijão (50%). Há um limite de R$ 7.000 para os grãos e de R$ 12 mil para maçã e uva..

Em duas safras - De acordo com o diretor do Departamento de Gestão e Risco Rural do ministério, Welington Soares de Almeida, o mesmo produtor poderá ser beneficiado com duas parcelas de subvenção, caso plante duas safras no mesmo ano. "Se um produtor plantar trigo na safra de inverno e milho na de verão, ele poderá ser beneficiado com R$ 7.000 para a lavoura de trigo e mais R$ 7.000 do milho" Segundo cálculos do ministério, o limite de R$ 7.000 permite que o governo subsidie em torno de 400 hectares de soja ou milho. De acordo com Wedekin, o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) já tem propostas de seis seguradoras interessadas.

Mercado de R$ 40 bilhões - O IRB faz o resseguro das apólices e já teria autorizado as empresas a segurar um total de R$ 960 milhões. O plantio da safra 2005/ 06 começa neste mês. Segundo o Ministério da Agricultura, o mercado de seguros no Brasil é de R$ 40 bilhões, e o seguro agrícola participa com cerca de R$ 700 milhões. Almeida disse que o benefício pode ser ainda maior se o produtor de grãos cultivar também maçã ou uva. Nesse caso, ele poderia receber mais R$ 12 mil, num total de até R$ 26 mil de subvenção. Wedekin afirmou que, além de auxiliar a indústria de seguros, a medida deve desenvolver a cultura do seguro no produtor rural. Com isso, a tendência é que o agricultor se torne menos dependente do governo no caso de quebra da safra causada por problemas climáticos, como aconteceu com a estiagem neste ano.

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