SECA I: Sistema Ocepar solicita medidas para produtores e cooperativas afetados pela estiagem; propostas foram entregues à ministra

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Preocupado com a situação climática no Paraná, que deve resultar em uma quebra significativa da produção da atual safra, o Sistema Ocepar está solicitando ao Ministério da Agricultura a tomada de medidas, de forma ágil, para ajudar especialmente as cooperativas e os produtores cooperados afetados pela estiagem no Estado. O documento com as propostas foi entregue nesta quinta-feira (13/01), em Cascavel (PR), à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pelo presidente da Cooperativa Coopavel, Dilvo Grolli, que é diretor da Ocepar e, na oportunidade, representou o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. Grolli falou da importância das cooperativas paranaenses, que movimentam mais de R$ 100 bilhões por ano, e por onde passam mais de 65% dos grãos colhidos no Estado.

Propostas - Entre as medidas apresentadas pela organização estão: a agilização das vistorias e liberação dos laudos periciais, tanto pelas seguradoras, como pelo Banco Central (neste caso, em relação aos processos ligados ao Proagro - Programa de Garantia Da Atividade Agropecuária), a fim de liberação das colheitas e, consequentemente, das áreas para novo plantio. Também, a liberação de novos recursos de custeio para plantio, principalmente de milho segunda safra. O Sistema Ocepar está ainda solicitando a prorrogação das parcelas de custeio e investimento para os produtores que não tiverem capacidade de pagamento em função de não terem produção. Além disso, a possibilidade de prorrogação de débitos das cooperativas de crédito, no caso de recursos repassado por outro agente financeiro.

Cenário - O documento entregue à ministra, assinado pelo presidente do Sistema Ocepar, ressalta que o Paraná enfrenta uma crise hídrica e irregularidades no regime de chuvas desde 2019. “No entanto, na atual safra de verão, a esse cenário somaram-se as temperaturas do ambiente e do solo excessivamente elevadas, que têm ocasionado grandes perdas nas culturas de soja, milho e feijão. A estimativa inicial da Secretaria Estadual da Agricultura para a safra de verão 2021/2022 era de 24 milhões de toneladas. Porém, deve haver redução significativa nesta produção, em função de perdas na cultura da soja, acima de 8 milhões de toneladas (redução de 37%), e na cultura do milho, superior a 1,5 milhão de toneladas. O impacto econômico previsto está em R$ 25,6 bilhões, com tendência de aumento”, frisa Ricken.

Visitas - Nesta quarta e quinta-feira (12 e 13/01), a ministra Tereza Cristina esteve em municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul para conferir como a seca está impactando a produção agropecuária e viabilizar suporte aos produtores rurais atingidos pela estiagem. Nesta semana, técnicos do Mapa e da Conab também estão cumprindo agenda no Estado, fazendo visitas a propriedades rurais e reuniões com representantes do setor, inclusive com cooperativas, para avaliar os prejuízos e levantar as demandas.

Ouvir - “Estou aqui para ouvir e, de forma conjunta, pensarmos maneiras de amenizar essa situação. São várias boas ideias que passamos a estudar e que poderão vir a ser implementadas, a exemplo de um fundo garantidor para minimizar os impactos das perdas. O período é difícil, mas vamos superá-lo e sair dele mais fortes”, afirmou Tereza Cristina. O agro é uma das molas propulsoras da economia do País e o governo federal fará tudo o que puder para amenizar as consequências desse momento crítico e contribuir para o contínuo fortalecimento dessa cadeia, disse a ministra da Agricultura. (Com informações e fotos da Assessoria de Imprensa da Cooperativa Coopavel)

Clique aqui e confira na íntegra o documento do Sistema Ocepar entregue à ministra Tereza Cristina

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