Safra terá perda de R$ 10 bilhões

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O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse ontem que a safra de 2005 no Brasil apresenta "a maior queda de produção por razões climáticas em 20 anos". A seca que afetou principalmente o Rio Grande do Sul, e várias regiões de outros Estados da Região Sul e até o Centro-Oeste e Sudeste, reduziu a estimativa da safra, que era de 131 milhões de toneladas, para menos de 115 milhões, representando perda de R$ 10 bilhões para o agronegócio. Isso significa uma queda em relação aos 119 milhões de 2004. Hoje, de acordo com Rodrigues, será divulgada em Brasília a última previsão oficial da safra, pela Conab. "Foi uma seca brutal no Sul do País, no Rio Grande do Sul, com quebras de 50%, 60% e 70%", disse Rodrigues, acrescentando que também foram afetados de forma menos intensa o Paraná, Santa Catarina, algumas áreas de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, e até Minas Gerais e São Paulo. "A queda de milho e soja é absolutamente impressionante, inédita na nossa história recente”.

Medidas de apoio - Para combater os efeitos da seca na renda agrícola, o Ministério da Agricultura está negociando com a Fazenda um aporte de R$ 1 bilhão, que inclui medidas de apoio à comercialização, como leilões de opções e incentivos à venda em locais distantes da produção, entre outras. No atendimento emergencial no Rio Grande do Sul, já houve repactuação de dívidas de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, que significam recursos que deixarão de voltar aos cofres do Banco do Brasil este ano. E há ainda medidas em curso para um apoio financeiro de R$ 300 milhões às cooperativas. Do total de R$ 35 bilhões de crédito rural estatal no País, algo em torno de R$ 6 bilhões apresenta problemas, excluindo aquela parcela já renegociada. Incluindo o crédito privado, os empréstimos problemáticos sobem para aproximadamente R$ 15 bilhões, segundo os dados do ministro.

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