SAFRA: Clima promete mais quebra de produção no Sul do Brasil

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Além de "descasamentos" entre valores de soja e de câmbio, a próxima safra do grão também já conta com uma certeira quebra de produção. Uma forte estiagem de mais de um mês atinge regiões importantes no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul. De acordo com informações do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) somente com soja, a perda já representa 8,3% da produção de todo o estado. Considerando também milho e feijão, esse percentual sobe para 12,7% - milho primeira safra quebrou 20% e o feijão primeira safra 25,5%.

Prejuízo de R$ 2,6 bi - Aos preços atuais, as três culturas somam prejuízos de R$ 1,62 bilhão, segundo o Deral, sendo R$ 727,06 milhões com soja, R$ 456,58 milhões com milho (1ª safra) e R$ 307 milhões com feijão. "Esses três produtos representam cerca de 92% dos prejuízos estimados para a safra de verão 2008/09 no Paraná", acrescenta Margoreth. "A escassez de chuva entre meados de novembro a dezembro foram muito prejudiciais às lavouras de milho, pois estas se encontravam nas fases de floração e frutificação", explica Margoreth Demarchi, do Deral. As maiores perdas em produção ocorreram nas regiões de Campo Mourão (28%), Cascavel (21%), Francisco Beltrão (51%), Guarapuava (8%) e Iratí (16%).

No Paraná - Para a cultura da batata das águas, a falta de chuvas - e consequentemente falta de umidade do solo - prejudicou o desenvolvimento das plantas, resultando em queda da produtividade e produção. Na região de Ponta Grossa, as perdas de foram de cerca de 25%, Guarapuava 12% e Iratí 7%. Juntas, essas três regiões produzem aproximadamente 33% da produção estadual. A estimativa inicial era de que a colheita atingisse 370,9 mil toneladas, volume que deve ser agora de 350,5 mil toneladas.(Gazeta Mercantil).

Novamente, ação de La Niña - As safras de grãos e oleaginosas poderão sofrer no ano que vem a ameaça do fenômeno climático conhecido como La Niña, segundo a agência meteorológica privada World Weather Inc. As condições para a manifestação do padrão climático La Niña se desenvolveram rapidamente em toda a faixa equatorial do Oceano Pacífico durante as últimas semanas, segundo Drew Lerner, presidente da agência, com sede no estado norte-americano do Kansas. De acordo com ele, isso pode indicar a ocorrência de mais tempo seco em áreas da América do Sul nos próximos três meses e um início úmido e frio da temporada de plantio nos Estados Unidos, que começa em março. (Gazeta Mercantil).

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