SAFRA: Área plantada de milho é recorde trigo aumenta 29%

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Os bons preços das commodities praticados nos mercados interno e externo animaram os produtores rurais paranaenses. A área plantada de milho safrinha já é recorde, atingindo 1.609 milhão de hectares, um crescimento de 8,5% sobre o ano anterior. Já a área cultivada de trigo já aumentou 29% e ainda poderá crescer mais, uma vez que faltam cerca de 30% da área para plantar. O levantamento feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento indica que não houve redução no plantio de outras culturas.

Crescimento - "Há espaço para crescer, a safra de verão atinge 5,5 milhões de hectares somente com soja e milho. O plantio cresceu em cima das plantas de cobertura, uma vez que alguns produtores optavam por não plantar neste período", avalia a engenheira agrônoma do Deral Margorete Demarchi. Estimativas do órgão apontam para uma área plantada de trigo de 1.081.100 hectares, ante uma projeção de 996.250 mil hectares feita em abril. A produção estimada é 44% maior, que deverá atingir 2.812 milhões de toneladas.

Produção - No ano passado foram colhidos 1.095 milhões de toneladas do grão, mas a produção foi prejudicada devido a uma seca e a uma geada tardia que afetaram algumas lavouras. Já a produção de milho deverá ser 15,5% maior do que a safra anterior, atingindo 6.493 milhões de toneladas. "O problema é que 53% do milho ainda pode ser afetado por geadas, há oito anos não são registrados danos significativos nas lavouras. 40% das lavouras estão na fase da floração e 13% em desenvolvimento", informa Margorete.

Consumo interno - Segundo ela, o aumento na produção de milho é significante, inclusive, podendo afetar os altos preços praticados no mercado. O consumo interno nacional é de cerca de 44 milhões de toneladas, ante uma previsão de safra de cerca de 58 milhões de toneladas. "Os produtores estão contando com o aumento das exportações até porque os Estados Unidos devem recuar as vendas para priorizar a produção de etanol. O problema é que o Brasil não tem tradição exportadora, perdendo para a Argentina", avalia. (Folha de Londrina)

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