SAFRA: Área do milho aumenta e a do feijão diminui

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Os bons preços do milho contribuíram de forma decisiva no plantio da próxima safra. Estatísticas estaduais apontam para um aumento na área plantada de 4,8%, atingindo 1,37 milhão de hectares. O plantio já foi feito em 98,4% da área e deverá ser finalizado até a próxima semana. Além do aumento da área plantada do grão, a safra estadual aponta para um outro cenário: uma redução de 24,8% na área plantada de feijão. Enquanto a leguminosa perdeu cerca de 100 mil hectares, o milho ganhou 70 mil hectares.

Redução de 17% - O Paraná, que é o maior produtor da leguminosa do País, deverá ter uma safra 17% menor do que a colhida no ano passado. Segundo Margoreth Demarchi, engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) - órgão ligado à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento -, agora o Paraná deverá colher 465 mil toneladas de feijão, contra 561 mil toneladas colhidas na safra passada. Na época do plantio a redução da área foi motivada pelos baixos preços, mas o mercado reagiu fortemente a essa movimentação e a cotação da leguminosa subiu 31% somente neste mês.

Preços - Enquanto o preço médio de outubro foi fechado a R$ 89 a saca de 60 quilos, ontem a cotação média era de R$ 117 a saca. ''Os preços subiram devido à entressafra e é especulativo por causa da redução da área no Estado. Acreditamos que com os bons preços, a segunda safra, que terá início no mês que vem, terá aumento de área e o mercado será equilibrado'', explica Margoreth. A maior região produtora de feijão do Estado é o Sul, onde na primeira safra foi registrada redução de 19% na área plantada. Neste local, foi registrado um aumento de 7% na área cultivada de milho.

Soja - Já a soja será mantida como a principal cultura do Estado e irá ocupar uma área de 3,9 milhões de hectares. A produção está estimada em 11,91 milhões de toneladas, com uma produtividade média de 3.037 quilos por hectare. Esta safra deverá ser 1% maior do que a colhida na safra 2006/07. Aliás, a comercialização do grão está sendo favorecido pelo mercado. Ontem, o preço médio estadual era superior aos R$ 40 (a saca de 60 quilos). Em novembro do ano passado, os produtores receberam um valor médio de R$ 29,01 por saca.

Trigo - A colheita de trigo deverá ser encerrada na próxima semana com uma produtividade média de 2.250 quilos por hectare. Apesar de as cotações terem recuado desde setembro - quando atingiram a casa dos US$ 310 a tonelada na Bolsa de Chicago - o mercado internacional continua aquecido, em torno dos US$ 290 a tonelada. Segundo o engenheiro agronônomo do Deral, Otmar Hubner, há um ano o preço estava na casa dos US$ 175 a tonelada. ''Os baixos estoques mundiais elevaram a cotação acima da média histórica, que é de US$ 120 a tonelada'', informa. (Folha de Londrina)

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