SAFRA 2009/10 II: Pressão sobre preço e comercialização

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O ritmo acelerado da colheita pressionará ainda mais as cotações da soja nas próximas semanas. Os preços atuais são cerca de R$ 10 mais baixos que os observados em igual período do ciclo anterior. A saca da oleaginosa vale pouco mais de R$ 30 no Paraná e ,em média, R$ 25 em Mato Grosso. Em resposta à superssafra da América do Sul, as cotações domésticas da soja também descolaram (para baixo) de Chicago, onde os preços atuais - US$ 20/saca - são similares aos de um ano atrás.

Exportações - "Estamos colhendo uma safra muito grande e pouco comercializada em um curto espaço de tempo", declara Eduardo Godoi, analista da AgRural. A consultoria aponta que apenas um terço da safra estava comprometida até o final do mês passado. Godoi afirma que a oferta tende a impulsionar as vendas externas do grão neste mês e que a "possibilidade de recorde nas exportações em março é grande". Ele lembra que a maior parte da soja vendida no mercado disponível no primeiro bimestre do ano teve como destino a indústria de processamento, que havia iniciado 2010 com estoques baixos.

Colheita - Em Mato Grosso, os trabalhos de campo já foram praticamente concluídos. A colheita da safra 2009/10 começou em dezembro e deve ser encerrada nas proximas semanas. No Paraná, cerca de 75% da soja e mais de 60% do milho de verão já estão fora dos campos. Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia também aceleraram os trabalhos em março. Na Bahia, por exemplo, cerca de 40% da soja foram colhidos. Seguindo o mesmo calendário, Maranhão, Tocantins e Piauí alcançam índices de colheita parecidos com o do Oeste baiano. Em regiões como no município de Chapadinha, no Mara­nhão, porém, ainda existem lavouras de soja em fase de maturação. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

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