Rodrigues ouve relato de Pessuti sobre perdas na agricultura

Embora tenha sido cogitada a possibilidade de manifestações por parte de pecuaristas, por conta da confirmação de sete focos de febre aftosa no Paraná, o ministro da Agricultura Roberto Rodrigues não recebeu qualquer crítica durante a visita ao Paraná, ontem. Ele esteve em São Tomé, na região de Maringá, para o início do esmagamento de cana-de-açúcar da safra 2006/07 na destilaria da Cocamar. Pessuti aproveito para falar ao ministro da crise da agricultura paranaense em função das perdas da safra nos últimos anos e queda da renda do setor. O presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, disse que no dia 7 haverá uma reunião em Brasília para alinhavar um documento do setor. "Atualmente a perda de renda preocupa mais que a seca", disse o presidente da Ocepar. Ele disse que a situação pode ser avaliada da seguinte maneira: em 2003 era possível comprar um trator com 2,8 mil sacas de soja, e hoje são necessárias 4,8 mil sacas.

Deral diz que perdas do Paraná somam R$ 1,5 bilhão – O Deral – Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura do Paraná divulgou, ontem (1/02), que os prejuízos da agricultura em função da estiagem já somam R$ 1,5 bilhão. O Paraná deverá produzir 22,22 milhões de toneladas de grãos nesta safra, contra 29,27 milhões de toneladas na safra passada, indicando uma redução de 13,8 %. As perdas mais significativas, segundo o Deral, foram no milho (2,07 milhões de toneladas) e soja (1,84 milhões de toneladas). A região mas castigada foi o Sudoeste, cuja produção vai cair de 11,73 milhões de toneladas para 9,89 milhões de toneladas. Mas as perdas ocorrem de forma significativa também no feijão (111.574 toneladas), no fumo (redução de 12%) e no algodão, com (7,1%).