Rastreabilidade: Baixa adesão ao Sisbov é reflexo da incompatibilidade de normas

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A exigência da obrigatoriedade da inclusão no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) em todos animais do rebanho brasileiro, começa a perder forças. Na quinta-feira (29), o Mapa anunciou que a quantidade de animais cadastrados no Sisbov caiu 62% no mês de julho em comparação com junho deste ano. Essa queda pode ser explicada pelas muitas reclamações feitas pelos produtores, principalmente a de que há incompatibilidade das normas do Sisbov com a realidade no campo.

Normas - A Instrução Normativa (IN) n.º 21, de 2 de abril, por exemplo, exige dupla identificação do animal. Pela norma, além do brinco identificador com 15 números, colocado na orelha direita, os animais devem ter uma segunda identificação (button, tatuagem ou dispositivo eletrônico na orelha esquerda, ou marca a ferro na coxa traseira). Outro questionamento, que continua sem resposta, é a obrigatoriedade do rastreamento para animais que não são exportados, uma vez que o Brasil exporta aproximadamente 20% da carne bovina que produz e apenas 4% são destinados a União Européia.

Leite - Há ainda uma questão para ser avaliada, que é a obrigatoriedade da rastreabilidade na pecuária leiteira. Neste segmento não há como rastrear o produto, uma vez que o leite é misturado, sem identificação do animal que o produziu. A última modificação no Sistema ocorreu em junho, quando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou Instrução Normativa alterando o prazo de exigência para que o animal estivesse no sistema. A partir do final de novembro, o período mínimo de permanência do boi no Sisbov é de 180 dias. Atualmente o prazo é de 40 dias. (Fonte: Rural Business)


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