QUEDA NA PRODUÇÃO DO MILHO SAFRINHA
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A seca que se estendeu pelos meses de março, abril e maio provocou quebra de 41% na produção de milho safrinha no Paraná. Para agravar a situação do abastecimento, os agricultores do estado devem reduzir em 4,5% a área plantada na próxima safra. As informações são do boletim do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria Estadual de Agricultura, divulgado na sexta-feira. O boletim também prevê quebra de 12% na produção estadual de trigo, também em conseqüência da seca, e o aumento de 3,6% na área destinada à soja, favorecida pelos bons preços internacionais e pela disparada do dólar no Brasil. O Paraná é o maior produtor brasileiro de trigo e milho e o segundo de soja.
Reavaliação - Em relação ao milho, o Deral foi obrigado a reavaliar sua estimativa divulgada há um mês, que previa quebra de 34% da safrinha. Segundo Vera Zardo, agrônoma do órgão, as conseqüências para foram mais graves porque a seca nas principais regiões atingiu as lavouras na fase inicial de desenvolvimento das plantas e na floração. Agora, o Deral prevê uma colheita de 2,011 milhões de toneladas, em relação às 3,41 milhões de toneladas estimadas no início do plantio. A região mais afetada foi o noroeste, com quebra de 59% da produção. O prejuízo dos produtores deve atingir R$ 312 milhões.
Trigo - A produção paranaense de trigo, segundo dados do órgão, cairá de 2,38 milhões de toneladas para 2,1 milhões. A seca, entre o final de maio e a primeira quinzena de julho, chegou a durar 50 dias nas regiões norte e noroeste, favorecendo a proliferação de pragas e a redução do perfilhamento. "As altas temperaturas agravaram a situação da lavoura", diz Vera Zardo. Segundo a agrônoma, parte da quebra nessas duas regiões poderá ser amenizada se o tempo continuar bom nas demais áreas do estado, onde a cultura apresenta bom desenvolvimento. Atualmente as lavouras estão nas fases de floração ou frutificação. Se for confirmada, a quebra provocará perdas de R$ 103,8 milhões à produção.(Fonte: Gazeta Mercantil)