Preços agrícolas fecham outubro em queda de 0,27%

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O Índice de Preços Recebidos pelos agricultores (IPR) caiu 0,27% em outubro, perdendo 0,61 ponto porcentual em relação à setembro. O IPR negativo de outubro surpreendeu porque vinha em alta ao longo das primeiras semanas do mês, mas fechou em baixa. O pesquisador Nelson Martin, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura de São Paulo, responsável pela pesquisa, informa que a queda ocorreu em virtude da redução nos preços dos produtos de origem animal, por conta da crise da febre aftosa e seus efeitos no mercado de carnes bovina e suína. A gripe aviária também tem reduzido as demandas interna e externa pela carne de frango.

Crescimento - No ano, seis produtos apresentaram crescimento acumulado no preço, entre os quais a cebola é o destaque com aumento acumulado superior a 20%. Banana, cana-de-açúcar, laranja, milho e tomate registraram aumentos acumulados inferiores a 20%, enquanto 13 produtos tiveram reduções no preço, dos quais quatro com quedas superiores a 20%. A variação mensal anualizada do IPR (últimos 12 meses) indica relativa estabilidade nos últimos três meses. Com o desempenho em outubro, esse índice acumulado apresentou variação positiva de 9,01%, em comparação com 2,38% do IGP-M e 5,17% (estimado) do IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas, nos últimos 12 meses, apresentam ganho de 6,63 pontos porcentuais em relação ao IGP-M e de 3,84 pontos porcentuais frente ao IPC-Fipe. Segundo o IEA, nos últimos 12 meses, seis produtos apresentaram crescimento no preço, dos quais três com altas superiores a 20%. Outros 13 produtos tiveram queda de preço, dos quais nove com reduções superiores a 20%. A laranja continuou como destaque de alta nos últimos 12 meses, por causa do bom desempenho da cotação do suco de laranja congelado e concentrado na Bolsa de Nova York.

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