PRATINI ELOGIA PROJETO DE INFRA-ESTRUTURA DAS COOPERATIVAS

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?A criação de um programa cooperativo de infra-estrutura e desenvolvimento agroindustrial é fundamental para dar continuidade ao Programa de Revitalização das Cooperativas Agropecuárias ? Recoop, visando dotar as cooperativas de mecanismos sustentáveis de médio e longo prazo. O objetivo final é permitir que as cooperativas adotem processos de desenvolvimento que as tornem cada vez mais competitivas, através do fortalecimento e crescimento descentralizado do interior do país, levando oportunidades de renda e emprego aos produtores rurais e seus filhos?. Com esta argumentação, o presidente da OCB, Márcio Freitas Lopes e o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, acompanhados do deputado federal, Moacir Michelletto e do representante nacional do ramo agropecuário na OCB e vice-presidente da Ocepar, Luiz Roberto Baggio, apresentaram ontem (11), ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pratini de Moraes, o programa cooperativo de infra-estrutura e desenvolvimento agroindustrial. Segundo Koslovski, o ministro ficou entusiasmado com a idéia e teceu elogios a iniciativa da OCB. Pratini garantiu as lideranças que irá empenhar-se para que este projeto venha ser executado no início do próximo ano em todo o país. O projeto também foi apresentado ao Secretário de Política Agrícola do Mapa, Benedito Rosa do Espírito Santo.

Objetivos do programa ? Segundo João Paulo, um dos objetivos principais do programa é melhorar as condições de infra-estrutura do setor primário e incrementar a competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas brasileiras, potencializando a agroindustrialização, visando o aumento das exportações e a modernização dos sistemas produtivos e de comercialização, permitindo a agregação de valores, a geração de empregos e aumento da renda dos cooperados. O programa ainda prevê uma parceria entre Governo, Cooperativas e Banco de Desenvolvimento e Agentes Financeiros, tendo como diretriz básica oferecer mecanismos e suporte financeiro para que as cooperativas viabilizem projetos de desenvolvimento em infra-estrutura e agroindústria, de forma que o produtor rural beneficiário se transforme num partícipe do processo e não apenas fornecedor de matérias-primas, formando uma relação estável e duradoura entre a produção e a agroindústria.

Geração de empregos - O programa pretende implantar cerca de 250 projetos, com investimentos da ordem de R$ 3,0 bilhões, prevendo-se uma geração de 20 mil empregos diretos, atendimento de 50 mil cooperados e 200 mil pessoas entre familiares e colaboradores, em quatro anos. As intenções manifestadas pelas cooperativas estão fundamentadas na necessidade de modernizar as plantas existentes e na verticalização da produção especialmente no setor animal, uma vez que as cooperativas possuem a matéria-prima - milho e soja, que são commodities de baixo valor agregado. Alguns projetos estão voltados para a reconversão da produção, devido a nova realidade de mercado, como no caso da cana-de-açúcar, que exige uma reorientação do setor buscando ajustes estruturais que viabilizem a continuidade das empresas no mercado com novos produtos. Os projetos serão desenvolvidos de forma integrada entre produtor/cooperativa, tendo assim a garantia do abastecimento de matéria-prima, primordial para a viabilização dos investimentos. É fundamental salientar que os investimentos previstos irão impactar positivamente a renda dos agricultores envolvidos, citando alguns casos como exemplos, na criação de aves um produtor com um investimento de R$ 60 mil reais em instalações, obtém uma renda líquida de R$ 15 mil por ano, já na criação de suínos com investimento de R$ 12 mil a renda líquida chega a R$ 7 mil por ano e, no caso da produção de leite, um investimento de R$ 6 mil em animais proporciona uma renda líquida de R$ 5 mil por ano.

Metas do setor - Para os próximos 4 anos pretende-se ampliar a participação das cooperativas nos seguintes setores:

a) Exportações: Ampliar as exportações de produtos agroindustrializados dos atuais US$ 0,8 bilhão para US$ 2,0 bilhões por ano.

b) Recebimento da produção: Aumentar em 40% a participação das cooperativas no recebimento da produção nacional.

c) Industrialização: Industrializar 50% da produção recebida.

d) Produto interno bruto: Aumentar a participação das cooperativas no PIB agrícola dos atuais 6% para 10%.

e) Desenvolvimento rural: Fomentar a reconversão de atividades dos cooperados criando alternativas para a produção e comercialização de frutas, olerícolas e produtos orgânicos.

f) Infra-estrutura: ampliar e modernizar armazéns, terminais de embarque portuário e máquinas de beneficiamento cereais e de sementes.

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