PIB: Para analistas, economia se acelera no 2º semestre

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As limitações impostas pelo baixo crescimento da economia doméstica nos primeiros meses de 2012 deverão resultar em uma expansão mais fraca do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mas continua forte entre economistas a avaliação de que, a partir do segundo semestre, a atividade irá se acelerar. Se a previsão, bastante comum, de crescimento superior a 1% no último trimestre se concretizar, o efeito estatístico será bem mais positivo para 2013, permitindo crescimento de no mínimo 4%, avaliam.

Delfin Netto - O economista e ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto calcula que, com base no crescimento de 0,2% no primeiro trimestre e nos indícios de que a atividade avançou algo como 0,5% no segundo trimestre deste ano, será necessário que a economia brasileira acelere com força e cresça a taxas bem superiores a 1% por trimestre na segunda metade de 2012 para garantir alta de 2% do PIB. Apesar do número modesto, pondera Delfim, "vamos estar, no fim do ano, rodando a um crescimento de 4%, que é para onde vamos seguir no futuro", afirmou durante evento organizado pela Câmara de Comércio França-Brasil.

2013 - Octávio de Barros, diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, estima avanço de 4% do PIB em 2013, com forte ajuda do carregamento estatístico, que deve ser de, no mínimo, 2%. Ou seja, mesmo se a economia permanecesse no mesmo patamar ao longo do ano, o país teria garantido crescimento de 2% em 2013 por causa desse efeito.

Impacto subestimado - Ainda assim, a aceleração não tornará possível um avanço superior a 2,1% do PIB neste ano. "Nós subestimamos o impacto para o conjunto da economia da crise do setor industrial, que é uma crise global e afeta até mesmo a China, com a contração do mercado europeu", disse o economista. Com o ritmo mais fraco de atividade no início do ano, e a expectativa que o IPI mais baixo para veículos será prorrogado até o fim de 2012, Barros avalia que a inflação medida pelo IPCA pode convergir para o centro da meta e fechar o ano em 4,6%.

Segundo semestre - Vladimir Caramaschi, economista-chefe do Crédit Agricole, também enxerga fortes taxas de crescimento no segundo semestre. Para ele, o consumo das famílias, em larga medida, ficará a cargo dessa aceleração. (Valor Econômico

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