Pib agrícola cresce 8,18% e agronegócio chega a R$ 354,36 bi

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As consecutivas expansões da safra e das exportações do setor agrícola, aliadas ao expressivo aumento da produtividade e à recuperação dos preços internacionais, resultaram num recorde de crescimento de 8,18% do PIB primário da agricultura no primeiro semestre de 2002. Apenas em junho, o segmento engordou 1,42%, saltando de um PIB projetado de R$ 54,54 bilhões em 2001 para R$ 59,01 bilhões neste ano. No ano passado, o segmento havia registrado uma retração de 0,59% e, em 2000, uma queda de 1,66%, segundo os indicadores rurais divulgados hoje pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP).

Pecuária cresceu menos - Os números do acompanhamento revelam, porém, que o segmento pecuário registrou uma projeção de crescimento de apenas 0,21% para este ano. Em junho, no terceiro mês consecutivo de variação negativa do segmento, houve uma queda de 0,18%. No semestre, a pecuária projeta um PIB de R$ 44,95 bilhões contra os R$ 44,86 bilhões registrados em 2001. Os bons resultados do segmento agrícola impulsionaram o crescimento global do agronegócio. De janeiro a junho, o PIB do setor cresceu 2,73%, alcançando a projeção de R$ 354,36 bilhões para este ano. No primeiro semestre de 2001, o agronegócio havia registrado uma projeção de R$ 344,95 bilhões. Segundo o IBGE, o setor capitaliza um aumento de 34% no volume comercializado de adubos e fertilizantes, além da expansão de 11,1% nas vendas de máquinas e equipamentos agrícolas. A desvalorização do real frente ao dólar e a recuperação dos preços internacionais de algumas commodities têm auxiliado os produtores. A exportação de soja, por exemplo, somou 2,17 milhões de toneladas no primeiro semestre deste ano contra 725 mil toneladas do mesmo período de 2001.

Balança Comercial - O saldo acumulado da balança comercial de janeiro a julho deste ano caiu 9,85% na comparação com 2001, somando US$ 7,08 bilhões. As exportações alcançaram US$ 9,46 bilhões, resultado 7,73% abaixo do ano passado e as importações registraram uma queda de 0,76%, atingindo US$ 2,38 bilhões. A redução dos preços médios de venda no mercado internacional foi decisiva para o tímido desempenho. Apenas os itens soja em grão, óleo de soja, suco de laranja e cacau se salvaram da queda nos preços. Os dados evidenciam ainda um forte crescimento das importações de produtos lácteos: 19,38% a mais que o registrado em 2001. O atraso no embarque dos produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) à espera de uma alta nos preços e de fatores cambiais reduziu em 7,93% a performance do segmento na comparação com 2001. O complexo carnes registrou queda nas vendas em razão da redução dos preços internacionais, assim como as vendas de açúcar. O café em grão continua como principal destaque negativo da balança. Com preços ainda em baixa, houve uma redução de 19,68% no valor exportado.(Fonte: CNA)

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