PESQUISA: Emater apresenta técnica de controle natural da lagarta mandarová

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Um dos estandes expositivos mais visitados pelos 550 participantes do XII Congresso Nacional da Mandioca, realizado de 23 a 26 deste mês em Paranavaí, é o da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, onde o instituto Emater apresenta o controle biológico da lagarta mandarová com baculovírus.A tecnologia vem sendo difundida desde 1984 nos 29 municípios da região de Paranavaí, considerada a maior produtora do Estado com 28% da área cultivada e produzindo 1,1 milhão de toneladas, com a distribuição de 4,3 mil frascos e capacitados 985 agricultores.

Economia - O extensionista municipal Ilson Jonacir Rodrigues Gomes, um dos 46 técnicos do serviço oficial de extensão rural que atuam na organização do produtor e da produção, estima a economia anual de R$ 7,2 milhões em agroquímicos pelo uso do baculorivus por 85% dos agricultores da região de Paranavaí. Considerada a principal praga da mandioca, o mandarová, Erinnyis ello (1758) (Lepidóptera:Sphingidae) provoca desfolha intensa e em conseqüência diminui a produção da lavoura e do teor de amido da raiz. O controle químico eleva os gastos e causa problemas de intoxicação de pessoas e animais, contamina o ambiente e diminui a presença de inimigos naturais da praga.

Inseticida natural - O baculovirus é um inseticida natural de controle do mandarová da mandioca, produzido com as próprias lagartas doentes, contaminadas pelo granulovírus (Baculovirus erinnyis). Ao se alimentar de folhas onde foi aplicado o baculovírus, a lagarta fica doente e morre, pendurada de cabeça para baixo, que depois de coletada com as demais lagartas doentes, são guardadas em embalagens plásticas ou em forma de suco (amassadas e coadas em pano fino) no freezer para uso quando o nível de desfolha na lavoura for abaixo de 25%. As vantagens deste controle biológico, enumera Jonacir, são muitas porque o baculovírus é inseticida natural do mandarová. É seletivo, mata a lagarta sem afetar outros insetos. Não é tóxico. Custa pouco e pode ser produzido na propriedade. Os atributos positivos do baculovírus também chamaram atenção da engenheira agrônoma e pesquisadora paraguaia Ada Victória Paredes, do Campo Experimental Agrícola de Chore, província de San Pedro de Ycuamandyiú.  (Agência Estadual de Notícias)

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