PECUÁRIA II: Indústria de carne do Paraná já calcula quanto deverá exportar

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O impacto econômico da liberação da Rússia para as importações de carnes bovina e suína será significativo no Paraná. Para o assessor econômico do Sindicato da Indústria de Carnes do Paraná (Sindicarnes), Gustavo Fanaya, muitas plantas industriais no Estado que foram desativadas em função do embargo da Rússia, que era o maior comprador de carnes bovina e suína do Paraná, poderão entrar novamente em operação.

Mercado estava em alta - O embargo russo atingiu o Paraná quando as exportações de carnes estavam em alta, disse Fanaya. Conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em 2005 a exportação de carnes do Paraná representou 16,3% do total de exportações do agronegócio paranaense, o que significou um ingresso de US$ 970 milhões no Estado.

Projeção - Para este ano, a projeção com exportação de carnes aponta para um faturamento de US$ 1,14 bilhão, mas impulsionada principalmente pelas exportações de frangos, já que as exportações de carnes bovinas e suínas foram drasticamente reduzidas, em função da perda da Rússia como principal compradora.

Balanço - No período janeiro a setembro de 2005, antes da suspeita da ocorrência do foco de febre aftosa no Estado, que motivou as suspensões das importações de carnes da Rússia, o Paraná exportou 12.527 toneladas de carne bovina e 51.521 toneladas de suínos. Esse volume exportado representou um faturamento de US$ 113,82 milhões com a exportação de carne suína e de US$ 22,11 milhões com a exportação de carne bovina, conforme levantamento do Sindicarnes.

Faturamento - Diante da expectativa de reativação dos negócios, o sindicato das indústrias projeta uma venda mensal de 2.100 toneladas de carne bovina para a Rússia, o que representará um faturamento de US$ 4 milhões por mês ao Estado, bem acima do que vinha sendo faturado em 2005. De acordo com Fanaya, a projeção é conservadora, uma vez que o frigorífico Friboi, o maior cliente da Rússia, ampliou a capacidade da unidade industrial de Maringá em 50%. "Portanto, a expectativa de exportação deve superar o volume exportado em 2005", acredita. Segundo Fanaya, o frigorífico de Maringá está somente à espera da retomada dos negócios para ser ativado. (Agência Estadual de Notícias)

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