PAP 2012/13 V: Agricultura do PR aprova Plano Safra

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O setor produtivo do agronegócio do Paraná avaliou como positivo o Plano Agrícola e Pecuário divulgado nesta quinta-feira (28/06) pela presidente Dilma Rousseff. Do total de R$ 115,2 bilhões, a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) estima que deve ser destinado para o Paraná cerca de 20% a 25%.

 Pleito - O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, disse que o pedido da entidade junto com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) foi de R$ 128 bilhões, valor muito próximo do anunciado. Outra medida que ele considerou benéfica foi a redução da taxa anual de juros para o agricultor de 6,75% para 5,5%.

Segurança - ''A queda do PIB do agronegócio e a sensibilidade do governo federal em reconhecer a importância da agricultura para a economia brasileira foram fatores que ajudaram para o estabelecimento de uma política que consideramos boa e que vai contribuir para que os agricultores e as cooperativas possam produzir com segurança'', disse. No entanto, ele ressaltou que ''é importante que os instrumentos de apoio ao agricultor sejam implementados o mais breve possível e que os recursos anunciados sejam garantidos'', completou.

Proagro - Ele aprovou ainda o aumento do teto de cobertura do seguro oficial, o Proagro, que passou de R$ 150 mil para R$ 300 mil. ''Assim será possível abranger um número maior de produtores'', disse.

Procap-Agro - No Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro), Koslovski considerou bom o aumento do limite de financiamento de R$ 25 milhões para R$ 50 milhões por cooperativa, mas disse que os juros ainda ficaram muito altos com redução de apenas 0,5 ponto percentual, passando de 9,5% para 9% ao ano. Na modalidade capitalização do Procap-Agro, os juros caíram para 5,5% ao ano, o que, na opinião dele, foi bom.

Pronamp - Koslovski acredita que a redução dos encargos anunciada em outros programas como o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), que teve os juros ajustados de 6,5% para 5% ao ano, também contribuem para melhorar os investimentos no campo. No Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), os juros caíram para 5,5% e o limite de financiamento foi ampliado de R$ 60 milhões para R$ 75 milhões para as cooperativas singulares.

Subvenção - O volume destinado à subvenção do prêmio do seguro rural também não atendeu a demanda do setor que é de R$ 670 milhões, sendo alocado, no momento, apenas R$ 253 milhões, apesar de o governo ter assumido o compromisso de um total de R$ 400 milhões. Hoje, o governo paga, em média, 50% do prêmio do seguro, ou seja, do valor total que é pago pelo agricultor.

Preços mínimos e fundo de catástrofe- Outro problema apontado por ele, foi a falta de correção dos preços mínimos dos produtos agrícolas, o que prejudica o produtor. Além disso, ele questionou a não implementação do fundo de catástrofe, assunto muito discutido no Congresso Nacional e que poderia ajudar em momentos de quebra de safra.

Burocracia - Para o economista da Faep, Pedro Loyola, os recursos anunciados estão dentro do esperado. ''O problema é a qualidade do acesso aos recursos, o que ainda é muito burocrático'', disse. Ele afirmou que a redução da taxa de juros também atendeu as reivindicações do setor agrícola.

Seguro - Ele fez críticas ainda ao seguro rural que está longe do ideal, além dos recursos saírem atrasados. Segundo Loyola, hoje o seguro atende apenas 10% da área plantada do Brasil. O seguro agrícola privado, que atende mais médios e grandes produtores, conta com apenas 44 mil produtores no Brasil, sendo 19 mil no Paraná. ''Precisamos avançar muito no seguro agrícola'', disse. Hoje, o seguro da soja, por exemplo, é de 6,5% sobre a importância segurada. (Folha de Londrina)

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