Opinão: A importância do agronegócio na economia brasileira

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(*) Moacir Micheletto

No artigo desta quarta-feira, 21 de setembro, irei abordar um assunto que muito entusiasma nós do setor rural. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou recentemente os números do agronegócio brasileiro. Pelos dados do IBGE, que são os dados oficiais do Governo brasileiro, o agronegócio representa 33% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro; 42% das exportações totais e 37% dos empregos gerados no país.

Por esses dados dá para se perceber o quanto o segmento rural é importante para o conjunto da economia brasileira. O PIB do setor rural de 2004 foi de 180 bilhões e 200 milhões de dólares em 2004, valor 9% superior ao alcançado em 2003. E tudo isso ocorreu com uma das maiores estiagem enfrentadas pelos produtores em todos os tempos. Essas conquistas do agronegócio nacional vão levar o Brasil a ser o maior produtor agrícola mundial já na próxima década.

Previsão do ministério da Agricultura acredita que em 2013 o Brasil deverá ter frota de 8 milhões de carros do tipo bicombustível, o que exigirá produção adicional de 9 bilhões de litros de etanol em relação aos 16 bilhões ao ano registrados atualmente. As projeções do ministério da Agricultura indicam, ainda, que o país será, em pouco tempo, o principal pólo mundial de produção de algodão. Mas isso só será concretizado com apoio aos nossos produtores rurais.

De que adianta alcançarmos espetaculares números se na ponta dessa história, os produtores tiverem enfrentando problemas de acesso a linhas de créditos e de endividamento rural. A agronegócio e o Brasil só irão crescer direito se o crescimento atingir os produtores. Os produtores precisam para crescer apoio de assistência técnica oficial, apoio as pesquisas, apoio a aquisição de novas máquinas e implementos. Enfim, sem os produtores crescendo não será possível concretizar as melhores previsões para a nossa agricultura e para o nosso país.

(*) Moacir Micheletto além de deputado federal é engenheiro agrônomo e vice-presidente da Faep – Federação da Agricultura no Estado do Paraná

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