\"O motor que faz o Brasil andar\"
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Na revista Veja desta semana, reportagem sobre a manchete "Agricultura, o agronegócio salvou a lavoura", faz uma análise positiva do setor, reconhecendo que o capital intensivo e alta tecnologia fizeram do campo brasileiro "uma ilha de Primeiro mundo que cresceu 8% no primeiro semestre". Veja afirma que apesar dos sobressaltos atravessados pelo Brasil, como outros países, "os resultados do campo brasileiro divulgados na semana passada são nada menos do que espetaculares. Enquanto a riqueza nacional como um todo, medida pelo PIB, cresceu apenas 0,14% no primeiro semestre, a economia no campo deu um salto de 8,18%. Tem sido assim nos últimos anos. A agropecuária e os negócios que ela gera têm sido a escora da economia brasileira e a salvação da balança de comércio exterior".
Agricultura empresarial - A matéria da revista, embora não desmereça a agricultura familiar, lembra que o emprego do capital, que permite mecanizar a agricultura e obter altas produtividades, tem responsabilidade direta no crescimento do setor: "Esse modelo de sucesso no campo brasileiro deveria ser observado com maior interesse pelos candidatos à Presidência da República. Quase todos eles, quando falam do Brasil rural, colocam ênfase na reforma agrária, na distribuição de terra e na tentativa de fixação do homem no campo. Embora citem a agricultura empresarial, falam prioritariamente da agricultura familiar que dá sustento a milhões de brasileiros e tem inegável papel social no Brasil dos rincões".São promessas válidas regionalmente, sobretudo no Nordeste, mas sem muita relação com a realidade nacional. A grande transformação no campo foi o aumento da produtividade ", diz Zander Navarro, sociólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, especialista em temas agrários".Seria irresponsabilidade desapropriar terras em regiões de alta produtividade, como o centro-oeste ", afirma Navarro", cita a reportagem.
Geração
de emprego - Engana-se quem pensa que a mecanização
da agricultura, que ocorre principalmente na área de grãos, não
gere empregos. O próprio ministro da Agricultura, Pratini de Moraes,
entrevistado por veja afirma que "só na agricultura, e levando-se
em conta apenas os trabalhadores com carteira assinada, o campo passou a construção
civil neste ano em número de empregados". O gráfico seguinte
mostra o ganho do agronegócio sobre a economia brasileira no primeiro
semestre deste ano.
Fonte: Veja, edição 1769