MILHO: Exportação por Paranaguá dobra no primeiro semestre

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A colheita da segunda safra de milho começou só agora, mas o volume exportado este ano, já surpreende. Segundo dados do departamento de estatística da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), no primeiro semestre deste ano, a exportação da commodity pelo Porto de Paranaguá foi o praticamente o dobro em comparação ao mesmo período de 2011. Em 2012, já são mais 868 mil toneladas exportadas, contra 440 mil toneladas no mesmo período do ano passado.

Números nacionais - “Os números nacionais apontam um volume de dezessete milhões de toneladas de milho para exportação, até o final do ano. Desse total, cinco milhões devem vir a Paranaguá. É um volume grande; cem por cento a mais do que o Porto exportou no ano passado”, afirma o diretor empresarial da Appa, Lourenço Fregonese. Até agora, o país já exportou mais de 1,8 milhão de toneladas de milho. Quase 135 mil toneladas apenas no mês de junho. Os dados são do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio.

Preços - Mesmo com previsão de safra recorde para este ano no Paraná – algo em torno de dez milhões de toneladas – a expectativa é que os preços se mantenham. “Apesar da oferta do produto estar se mostrando grande e, por conta disso, os preços estarem pressionados, a tendência é que isso se reverta face à quebra da safra norte-americana”, prevê o engenheiro agrônomo Marcelo Garrido, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Marcelo Garrido. Segundo ele, o produtor paranaense deve receber em torno de R$ 20 pela saca do milho.

Colheita - A colheita da segunda safra de milho começou em maio, seguiu em junho, se intensifica em julho, mas tem picos em agosto e setembro. De acordo com o Deral, os produtores paranaenses colheram apenas 5% do milho safrinha. Porém, 20% da colheita já estão vendidos. “Este ano tivemos alteração no calendário agrícola. O paranaense plantou seu milho dez dias antes, até para prevenir o período mais crítico de geada”, explica Garrido.

Receita - De janeiro a junho, ainda de acordo com o técnico do Deral, a exportação do milho brasileiro gerou receita de U$ 470 milhões. Para o Paraná, foram 180 milhões, no mesmo período. Ou seja, o Estado teve uma participação de 38%.  “Essa participação é muito maior que a média do ano passado, que não passou de 16%”, afirma Garrido. E a expectativa é que a exportação do milho safrinha ainda deve aumentar muito no segundo semestre, caso se confirme a quebra da safra norte-americana, em decorrência da drástica seca.

Exportadores – Segundo Helder Catarino, gerente comercial Interalli, uma das principais exportadoras da commodity em Paranaguá, a expectativa é fechar o ano com mais de quatro milhões de toneladas de milho exportadas. “Os principais fatores que fazem melhorar a nossa expectativa são a alta produção da segunda safra, a demanda aquecida pelo produto e os bons preços”, afirma.

Estados de origem - Mais de 653 mil toneladas de milho exportado por Paranaguá são provenientes de produtores paranaenses. O segundo principal Estado de origem do produto é o Mato Grosso do Sul, responsável por 55 mil toneladas. E os principais destinos da carga, em 2012, foram Taiwan e Marrocos.

Recado - Aos exportadores e produtores que pretendem operar pelo porto paranaense, o diretor empresarial da Appa dá um recado. “Nós faremos o possível para atender toda a demanda. Considerando o desempenho que tivemos com a soja, apesar de toda a chuva do primeiro semestre, eu digo aos produtores: podem ficar tranquilos que o Porto de Paranaguá vai dar conta”, garante Lourenço Fregonese. (AEN)

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