Milho: Entidades do agronegócio debatem cadeia produtiva
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Avanços importantes secretário da Agricultura, Orlando Pessuti exaltou o trabalho desenvolvido pelo grupo do milho e disse que o Paraná estava dando um passo importante na busca de soluções para a próxima safra de milho. “Creio que sairemos deste seminário com um pensamento único rumo ao consenso de toda a cadeia produtiva. Não podemos correr o risco de ficar sem a principal fonte de produção animal que é o milho”, frisou. Já o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, fez questão de lembrar aos presentes sobre os avanços que ocorreram no Paraná na última década: “Para ter uma idéia, passamos de uma área cultivada de 7,26 milhões de hectares em 1990/91, para 8,27 milhões de hectares até 2002/03, o que representa um acréscimo de 14%. Em contrapartida, a nossa produção de grãos saltou dos 12,04 milhões de toneladas para 26,93 milhões de toneladas no mesmo período. Isto comprova a incorporação de novas tecnologias na agricultura paranaense e que nossos produtores estão correspondendo com as necessidades do país”, frisou o líder cooperativista.
Momento oportuno - Segundo o diretor adjunto da Secretaria Nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Silvio Farnese, que participou do seminário como palestrante convidado, o momento da realização deste debate é oportuno, pois o Ministério está trabalhando com as medidas para a safra 2003/2004. “O ministro Roberto Rodrigues quer liberar todos os mecanismos até o próximo mês de maio. E isto está demandando um amplo trabalho. Para o milho ainda não temos uma política definida, estamos lendo os números de mercado e a relação milho/soja, pois os produtores fazem esta análise. O importante é definirmos o mais rápido possível uma política para o setor”, afirma.
Elogios – Silvio Farnese avaliou que este primeiro seminário realizado no Paraná, principalmente pelo fato da cadeia produtiva estar bem organizada, através do Grupo de Trabalho do Milho, liderado pela Secretaria da Agricultura e diversas entidades representativas do setor é um passo muito importante no resgate da importância desta cultura para nossa economia. “Todas as cadeias produtivas deveriam se mirar neste exemplo aqui do Paraná. O importante é que haja uma sintonia de pensamento entre todos os elementos da cadeia. Não adianta num ano ganhar dinheiro e no outro perder. Ter milho num ano e no outro não. Todos perdem, o produtor, o empresário, os consumidores. Se não o produtor acaba tendo uma segunda opção que é a soja, o que não é bom para o País, precisamos ser exportadores de proteína animal. Esta é a leitura que fazemos de uma reunião”.