Mercado Agrícola 10-10-2002
- Artigos em destaque na home: Nenhum
MERCADO AGRÍCOLA
Bolsa de Chicago (10/10) |
||||
Centavos
de dólar p/ bushel |
Soja |
Variação em pontos |
Milho |
Trigo |
Nov/02 |
524,60 |
1,2 |
- |
- |
Dez/02 |
- |
- |
251,40 |
365,60 |
Mar/03 |
532,20 |
0,4 |
258,20 |
370,40 |
Mai/03 |
532,60 |
-0,2 |
262,40 |
358,40 |
Jul/02 |
532,40 |
0,4 |
263,60 |
335,60 |
Fonte: CBOT (1 bushel de
trigo/soja: 27,216kg; 1 bushel de milho: 25,40kg)
Elaboração:
Getec
Câmbio (10/10) |
||||||
|
Compra |
Venda |
Variação diária (%) |
|||
Dólar |
3,9850 |
3,9900 |
2,96 |
|||
Euro |
3,9252 |
3,9317 |
2,41 |
|||
Risco País (10/10) |
||||||
País |
Último |
Fechamento ant. |
Variação diária
(%) |
|||
Brasil |
2.269 |
2.228 |
0,83 |
|||
Fonte: CMA
Elaboração: Getec
Preço pago ao produtor no Paraná (10/10) |
||||
R$
p/ saca de 60 kg |
Soja |
Milho |
Trigo (tipo1) |
Algodão (@) |
Noroeste |
41,00 |
18,20 |
37,00 |
14,70 |
Oeste |
40,50 |
18,60 |
36,80 |
16,00 |
Centro-Sul |
42,00 |
20,00 |
38,50 |
- |
Fonte: Cooperativas do Paraná
Elaboração: Getec
Dólar
O dólar comercial fechou o pregão de hoje em forte alta, em
decorrência da decisão do Banco Central de antecipar a liquidação de parte da
dívida cambial de US$ 3,1 bilhão com vencimento no próximo dia 17. Durante o
dia, a moeda foi negociada acima da barreira psicológica dos R$ 4,00. O total
antecipado para esta sexta-feira somou R$ 311 milhões referentes a 200
contratos de swap e 119,5 mil NTN-Ds, enquanto que a oferta inicial era de
pagar até R$ 780 milhões em títulos e swaps cambiais. Ainda a autoridade monetária
ofertou US$ 50 milhões em um leilão de linhas de crédito à exportação, que
praticamente não surgiu efeito contra a forte alta da moeda. Com esta alta, o dólar acumula valorização de 6,15% em outubro,
frente a alta de 24,93% registrada no mês passado. No ano a valorização
acumulada da moeda norte-americana já chega a 72,35%.
Fechamento dos contratos
futuros do dólar na BM&F (10/10)
Mercadoria |
Vcto |
Preço
de |
Preço
de |
Variação
(%) |
DOL –
Dólar Comercial |
NOV02 |
3,843 |
3,969 |
3,28 |
|
DEZ02 |
3,760 |
3,878 |
3,13 |
Fonte: BM&F
Soja
Após
as fortes quedas de ontem, que muitos analistas consideraram exageradas, os
contratos futuros de soja fecharam o pregão de hoje praticamente estáveis. O
mercado aguarda com apreensão o relatório de amanhã, já que a expectativa é de
que o USDA ajuste para cima a previsão da safra, cerca de 73 milhões de toneladas. O avanço da colheita americana
também pressiona as cotações, e estima-se que até o final de semana, mais da
metade da área plantada já terá sido colhida, se o tempo permanecer favorável.
Após a divulgação do relatório desta sexta, as atenções vão voltar-se mais do
que nunca para a América do Sul, já que os principais países produtores,
especialmente Brasil e Argentina estão iniciando o plantio daquela que é
projetada a maior safra da história para a região, podendo ultrapassar uma
produção final de 86 milhões de toneladas. O relatório das exportações semanais
norte-americanas divulgado pelo USDA ajudou a animar um pouco o mercado. Foram
vendidas 516,3 mil toneladas de soja, um aumento de 92,8% sobre as 267,8 mil toneladas vendidas na
semana anterior. A expectativa dos traders era que esse número ficasse menor,
entre 300 mil a 500 mil toneladas. Os maiores compradores do grão
norte-americano foram México, Tailândia e Japão.
Contrato Futuro de Soja
Os novos contratos futuros de soja
entram em vigor a partir de hoje. O contrato agora reformulado, aparece como
mais uma opção de cobertura de riscos de oscilação nos preços da commodity,
sobretudo em caso de descolamento com os contratos futuros negociados na Bolsa
de Chicago. Amanhã, dia 11 de outubro,
será o primeiro dia de negociação, com as principais alterações: tamanho do
contrato (que passa de 27 toneladas métricas para 100 toneladas métricas);
meses de vencimento (março, abril, maio, julho, setembro e novembro, pelo novo
contrato) e o ponto de entrega e referência de preço passa a ser o Porto de
Paranaguá.
Milho
Os contratos futuros de milho
negociados na BM&F vem crescendo bastante neste ano, até o mês de setembro,
já haviam sido negociados 11,094 mil contratos, um aumento de 258% em relação
ao mesmo período do ano passado. Equivalente em produto, neste ano já foram
comercializadas na BM&F 4,992 milhões de sacas de 60 kg de milho.
Fechamento
dos contratos futuros de milho na BM&F (09/10)
Mercadoria |
Vcto |
Preço de |
Preço de |
Variação |
CNI - Milho |
NOV2 |
24,30 |
24,70 |
0,40 |
|
JAN3 |
22,90 |
23,50 |
0,60 |
|
MAR3 |
19,80 |
20,00 |
0,20 |
|
MAI3 |
19,40 |
19,90 |
0,50 |
|
JUL3 |
19,90 |
20,00 |
0,10 |
Fonte: BM&F
Trigo
O
Brasil negociou, nos últimos quatro meses, a importação de 300 mil toneladas de
trigo europeu, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Trigo
(Abitrigo). Desde total, aproximadamente 90 mil toneladas já teriam chegado aos
portos brasileiros, sendo que o restante deve desembarcar aqui até o próximo mês. É a primeira vez que a
indústria nacional vai buscar na Europa esse volume de trigo - as 300 mil toneladas
importadas de países como a Rússia, Polônia, Ucrânia e Cazaquistão representam
mais da metade da importação média mensal do cereal, que é de 550 mil
toneladas. A Europa tornou-se uma fonte alternativa de abastecimento porque o
preço do trigo argentino começou a acompanhar a cotação do mercado
internacional. Assim, mesmo com a Tarifa Externa Comum (TEC) de 11,5%, que
incide sobre o trigo importado de fora do Mercosul, e as despesas com frete, a
indústria considera viável importar trigo da Polônia - hoje cotado a US$
165/tonelada enquanto o argentino é oferecido a US$ 200/t. Um dos problemas na
importação de trigo europeu é que a qualidade do mesmo é considerada inferior
ao do trigo argentino e americano, por exemplo, sendo adquirido primordialmente
pelos moinhos da região Nordeste, além de existir o risco de contaminações por
doenças. Nesta segunda-feira 82 mil toneladas de trigo importadas da Ucrânia
foram apreendidas nos portos de Fortaleza e Salvador, só podendo ser
descarregadas depois que forem tratadas com o agrotóxico Brometo de Metila, e
submetidas a análise fitossanitária por laboratório credenciado pelo Ministério
da Agricultura. A determinação é do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal
do Ministério da Agricultura e tem como objetivo evitar o ingresso do fungo
Alternaria Triticina, inexistente no Brasil. No mesmo comunicado enviado à
embaixada ucraniana, o Ministério informou que as cargas que tiverem sido
embarcadas depois do dia 3 deste mês não poderão ingressar no Brasil, a não ser
que estejam acompanhadas de um laudo de análise de risco.