LEVANTAMENTO: Paraná responde por 25% da produção nacional de frangos, diz IBGE

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O Paraná liderou em 2007 a produção e os abates de frango no País, sendo responsável por 25,32% da produção nacional. O levantamento é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que divulgou nesta quinta-feira (27) a pesquisa trimestral do abate de animais, do leite, do couro e da produção de ovos de galinha, referente ao ano passado. Segundo a pesquisa, em 2007 cresceram os abates de frangos, suínos e a aquisição de leite no País. Além da produção e abate de aves, o Paraná apresenta bom desempenho na produção e abate de suínos, ovos e aquisição de leite. De acordo com o IBGE, o crescimento no abate de frangos deveu-se em parte à queda do abate em 2006, causada pela divulgação de focos de gripe aviária e a febre aftosa em outros países. No mercado interno também houve queda nas vendas de frangos.

Santa Catarina em segundo lugar - No Paraná, o crescimento do abate foi de 11,02%, passando de 994,01 milhões de cabeças abatidas em 2006 para 1,1 bilhão de cabeças abatidas em 2007. Depois do Paraná, o segundo maior Estado produtor de aves é Santa Catarina, responsável por 18,9% da produção. Segundo o IBGE, em 2007 foram produzidas 824,3 milhões de cabeças naquele Estado. O Rio Grande do Sul foi responsável pela produção e abate de 734 milhões de cabeças.

Terceiro na produção de ovos - Na produção de ovos, o IBGE aponta o Paraná como o terceiro maior produtor, atrás dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Em 2007, foram produzidas 2,2 bilhões de dúzias de ovos de galinha, o que representou um crescimento de 2,2% em relação a 2006. O Paraná produziu 205,7 milhões de dúzias de ovos em 2007, que correspondeu à cerca de 10% da produção nacional.

Leite - O IBGE registrou aumento também na produção de leite. Em 2007 foram adquiridos 17,8 bilhões de litros de leite pela indústria, representando um aumento de 7% em relação a 2006 quando foram adquiridos 16,7 bilhões de litros. No Paraná, o crescimento foi de 4,56% passando de 1,4 bilhão de litros entregues em 2006 para 1,47 bilhão de litros de leite entregues na indústria, durante o ano passado. A produção de leite está sendo beneficiada pelo aumento no preço do leite, que foi de 34% no último ano, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. Outro fator que está incentivando a produção são as linhas de crédito disponíveis para a Agricultura Familiar que financiam a compra de equipamentos que auxiliam no aumento da produção na propriedade.

Incentivo à industrialização - Para o secretário da Agricultura, Valter Bianchini, o levantamento do IBGE demonstra que o Paraná industrializa menos leite do que produz. Por isso a Secretaria da Agricultura está incentivando a produção e apoiando iniciativas para o aumento da industrialização como os investimentos que estão sendo feitos pelas empresas Latco e da Confepar, no Sudoeste do Estado. Segundo Bianchini, parte da produção paranaense de leite é industrializada em outros Estados, o que reduz o volume entregue nas indústrias instaladas no Paraná. Destacou que o Paraná é o segundo produtor de leite e agora está investindo para processar e agregar valor à produção.

Suínos - De acordo com o IBGE, o Paraná foi o Estado que mais cresceu no abate de suínos em 2007, na comparação com o ano anterior. Foram abatidas 4,3 milhões de cabeças, um aumento de 8,12% sobre a produção de 2006 quando foram abatidas 3,98 cabeças de suínos. No País, foram abatidas 26,85 milhões de cabeças que correspondeu a um incremento de 6,47% sobre os abates de 2006 que totalizaram 25,22 milhões de cabeças. O Estado de Santa Catarina é o maior produtor, com uma produção de 7,4 milhões de cabeças no ano passado, um crescimento de 2,4% sobre 2006. Rio Grande do Sul vem em segundo lugar com 7,47% de aumento no volume de abates.

Pecuária perde área - No Paraná, a pesquisa do IBGE reflete o avanço da produção de grãos sobre a pecuária de corte em 2007. O volume de abates caiu de 1,43 milhão de cabeças em 2006 para 1,30 milhão de cabeças em 2007. De acordo com o técnico do Deral, Fábio Peixoto Mezadri, a pecuária de corte perdeu área para o plantio de soja e cana-de-açúcar. (Agência Estadual de Notícias)

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