JORNAL DO ESTADO: Safra de milho, feijão e soja tem quebra de 29,6%
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A estiagem deve causar perdas de 6,3 milhões de toneladas de grãos. O volume representa 29,6% nas safras de soja, milho e feijão, conforme os dados divulgados nesta sexta-feira (16/01) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, em Curitiba, onde esteve reunido com os dirigentes das cooperativas paranaenses na sede do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar).
Consumidor - Para o consumidor, estas perdas poderão significar preços mais altos para os alimentos, mesmo em período de safra. "Os preços tendem a apresentar uma queda na época de safra, mas por conta das previsões de quebra é possível que os valores não caiam tanto", explica o economista Sandro Silva, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
Prejuízos - A lavoura mais prejudicada é a de feijão, segundo levantamento das cooperativas. As perdas da cultura estão estimadas em 39,7%. A produção inicial era de 610.390 toneladas do grão, contra as atuais 367.828 toneladas produzidas. 242.563 toneladas de feijão são as perdas estimadas. Em seguida vem o milho, com recuo de 37,1%. A previsão era de uma produção de 8.727.610 toneladas do cereal, contra as atuais 5.490.881 toneladas. A falta de chuva durante o ciclo da cultura causou a perda de 3.236.729 toneladas. A produção de soja terá uma perda de 23,7%. Das 12.229.102 toneladas previstas inicialmente 2.894.062 toneladas deixarão de ser produzidas. O levantamento foi feito junto a 25 cooperativas que representam 70% da área plantada de soja no Paraná, 55% da área de milho e 25% da área de feijão.
Seguro - "É preciso agilizar a liberação dos recursos do Proagro e do Seguro Rural para que os produtores atingidos pela estiagem possam se manter na atividade. Também é fundamental que haja recursos suficientes para o plantio do milho safrinha e do trigo", afirmou o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. Na reunião com Stephanes, que contou com a participação do secretário estadual de Agricultura, Valter Bianchini, e de dirigentes de diversas cooperativas do estado, Koslovski entregou documento com sugestões e reivindicações do setor para amenizar as conseqüências da seca. (Jornal do Estado)
