INVESTIMENTO: Brasil aplica apenas 75% do necessário no setor

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Os investimentos em infra-estrutura no Brasil somaram cerca de R$ 66 bilhões no ano passado. Embora 13% superior ao total investido em 2005 (R$ 58 bilhões), esse valor equivale a 75% do anualmente necessário (R$ 87,7 bilhões) para atender à demanda, segundo levantamento prévio realizado pela Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib). Na avaliação do presidente da Abdib, Paulo Godoy, neste ano a situação poderá ser mais favorável para a área, tanto porque setores como o de telecomunicações e de petróleo e gás – que receberam respectivamente 105% e 95% dos aportes necessários – devem continuar a atrair investimentos, quanto porque há uma sinalização do governo no sentido de melhorar a infra-estrutura do País.

Agenda - "Pelo menos é o que está na agenda de prioridades do governo federal e dos governadores eleitos. Só posso acreditar que as atenções vão se voltar para isso", declara Godoy. Ele informa que as projeções para 2007 devem ser divulgadas pela Abdib ao final do primeiro trimestre deste ano. A pesquisa, realizada com base nos recursos efetivamente aplicados nos setores de energia elétrica, petróleo e gás, transporte e logística, telecomunicações e saneamento básico, indica ainda que o setor de transportes, um dos listados como prioritários por representantes da indústria e analistas da área para viabilizar taxas maiores de crescimento da economia, deve receber somente R$ 6,4 bilhões, ou 38% do aporte necessário (R$ 16,8 bilhões).

Parcerias - No entanto, comparada a 2005, quando os investimentos em transportes totalizaram R$ 5,8 bilhões, a cifra representa um avanço. "Não houve nenhuma concessão nova na área de rodovias em 2006. As PPP (Parcerias Público-Privadas) precisam deslanchar e a área de portos deve melhorar bastante com a agenda dos portos", afirma Godoy. Outro setor prioritário que deverá receber menos da metade dos recursos é o de saneamento básico, R$ 3,6 bilhões ante necessidade de R$ 9,6 bilhões anuais para atingir a meta de universalização do serviço no prazo de 20 anos, assinala Godoy. Em 2005, os investimentos no setor foram de R$ 3,3 bilhões. No setor de energia, os aportes estimados (R$ 11,8 bilhões) atingem 71% dos recursos necessários (R$ 16,6 bilhões), resultado melhor que o registrado em 2005 (R$ 11,2 bilhões). (Gazeta Mercantil)

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