INTEGRADA: Cooperativa investe R$ 35 milhões na produção de laranjas

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A Integrada Cooperativa Agroindustrial, com matriz em Londrina, está investindo R$ 35 milhões na instalação de uma indústria em Uraí, no Norte do Estado. O lançamento oficial da indústria será feita na abertura da 49ª Exposição Agropecuária de Londrina, que acontece de 2 a 12 de abril. A estrutura deve entrar em funcionamento em 2012 e produzir 12 mil toneladas de suco concentrado, processando o equivalente a 3 milhões de caixas de laranja. Para o presidente da Integrada, Carlos Murate, a variação de preços e perdas de produção em função de instabilidade climática estão inviabilizando a atividade agrícola dos pequenos produtores. "É importante que a cooperativa dê novas alternativas de renda para os seus associados", conta o diretor da cooperativa, que lançou o projeto em 2007.

Benefício - Para o diretor secretário da cooperativa, Sérgio Otaguiri, "um dos principais benefícios dessa diversificação de cultura com a laranja é que o produtor tem a oportunidade de aferir renda praticamente o ano todo, além de aproveitar melhor a infraestrutura da propriedade, como mão de obra e maquinário", comenta. "Além de diminuir os riscos de perda de produção em função do clima", completa o diretor.

Orientações técnicas - Quem aderir ao Projeto Sucos da Integrada receberá um pacote de orientações técnicas, desde os trâmites legais para liberação da área, plantio e condução do empreendimento. As questões legais, em geral ligadas aos órgãos governamentais, também ficam todas a cargo da cooperativa. O produtor poderá reduzir o custo da colheita utilizando mão de obra familiar. Caso não tem há essa possibilidade, poderá contar com grupos de colheita formados pela cooperativa, dando segurança ao produtor no aspecto da logística da produção. Esse projeto faz parte dos planos estratégicos da cooperativa de aumentar o complexo industrial da Integrada. "Esse processo é importante porque conseguimos planejar nossos resultados com mais consistência, pois os recursos giram o ano todo", assegura o superintendente da cooperativa, Jorge Hashimoto.

Adesão - Mais de 60 produtores já aderiram ao Projeto Sucos e estão confiantes de que a laranja trará bom retorno financeiro. Com apoio técnico da cooperativa, estão destinando uma parte da propriedade para o plantio dos pomares. O pioneiro na implantação da laranja foi o cooperado João Arabori, de Assaí. Com uma área de oito hectares, considera o pomar uma espécie de aposentadoria. "Estou confiante na cultura e plantei mais sete hectares este ano. Pretendo chegar aos 24 hectares nos próximos anos. A laranja vem se mostrando uma cultura economicamente viável", comenta.

Longo prazo - Diferente das culturas tradicionais, a laranja é um investimento de longo prazo, já que a primeira produção só acontece depois de três anos. Mas isso não quer dizer que área ficará improdutiva, esperando a primeira leva da fruta. Muitos produtores estão plantando culturas mecanizadas entre as ruas de laranja. Fazendo esse tipo de manejo, é possível pagar os custos de insumos da laranja com as culturas intercalares, diminuindo em até um ano o tempo de retorno de investimento dos pomares, isso porque nos pomares implantados pela cooperativa o espaço entre as ruas de laranja é de até sete metros, largura mais que suficiente para entrada de tratores e colheitadeiras. Foi o que fez o cooperado Valcir Siqueira da Mata, de São Jerônimo da Serra. Plantou 18 hectares em final de setembro e cobriu as ruas da laranja com soja. "O que estou colhendo agora diluiu bastante meu custo de implantação do pomar. E agora vou plantar aveia no inverno. Não existe esse negócio de ficar com a terra parada", assegura. (Imprensa Integrada)

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