INFRAESTRUTURA I: Nova Ferroeste é apresentada a cinco cooperativas que estão entre as maiores do País

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Nesta quarta-feira (19/05), representantes de cinco cooperativas paranaenses, que estão entre as maiores do País (Cotriguaçu, Coopavel, Lar, Copacol e Frimesa), conheceram o projeto da Nova Ferroeste. Eles estiveram reunidos com o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves, e o Assessor Logístico do Governo do Mato Grosso do Sul, Lúcio Lagemann.

Ligação - A Nova Ferroeste vai ligar sob novos trilhos os municípios de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e Paranaguá, no Litoral do Paraná. Quando a ferrovia estiver concluída, este será o segundo maior corredor de grãos e contêineres do País. Os estudos de demanda indicam que cerca de 26 milhões de toneladas de produtos devem circular nesse trecho por ano. Considerando o tráfego interno, a Nova Ferroeste deve alcançar 38 milhões de toneladas ano.

Beneficiado - “O setor do agronegócio vai ser extremamente beneficiado com o projeto e vai poder desfrutar de uma infraestrutura que propiciará redução do custo logístico. A nova estrada de ferro vai estimular novos investimentos, aumentar a produtividade e expandir os negócios no Paraná”, ressaltou Fagundes.

Estudo preliminar - O estudo preliminar de traçado indica passagem por municípios importantes dos dois estados, como Amambaí, Dourados, Caarapó e Mundo Novo, todas no Mato Grosso do Sul, e Guaíra, Cascavel, Guarapuava e Balsa Nova, no Paraná, antes de chegar ao Litoral. Estão previstas, ainda, as instalações de até seis terminais de transbordo e de um ramal ligando Foz do Iguaçu à Cascavel, no Oeste paranaense.

Leilão - A intenção é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo, no próximo ano. O consórcio que vencer a concorrência será também responsável pelas obras. O investimento é estimado em R$ 20 bilhões.

Dúvidas - No encontro, os empresários puderam esclarecer detalhes do projeto, como o traçado. O diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydek, comemorou o fato dos trilhos ficarem próximos da nova planta frigorífica da cooperativa, em Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná, com finalização prevista para 2023.

Redução de custos- “O projeto trará uma redução de custos gerais e principalmente de custo logístico, além de uma operação com bastante eficiência com previsão de chegar ao porto em 20 horas. Trata-se de uma obra de infraestrutura de extrema importância, não só para a Frimesa, mas principalmente para a área de grãos do Oeste do Paraná”, disse.

Rodovia - “Essa ferrovia vai desafogar o outro corredor de trânsito muito usado pelos produtores, que é a BR-277. É de importância extrema, esperamos que o projeto cumpra o seu cronograma e, o mais rápido possível, a nossa cooperativa e todo o agronegócio poderão fazer uso desse importante modal de logística”, acrescentou Zydek.

Novas estratégias - A atualização do andamento dos estudos leva o setor produtivo a planejar novas estratégias, como revelou Gilson Anizelli, superintendente da Cotriguaçu, que já opera no terminal da Ferroeste em Cascavel. “Atualmente, enviamos por esse modal cerca de 30% da proteína animal que produzimos. Com a Nova Ferroeste esperamos dobrar esse percentual”, afirmou.

Estudo - O projeto segue em fase de Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica, previsto para ser concluído em setembro de 2021, e ainda pode sofrer modificações e modernizações. O Relatório de Impacto Ambiental será entregue em novembro.

Semana cheia- O encontro com as cooperativas faz parte se uma série de reuniões para apresentação do projeto. Nesta terça-feira (18/05), o governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina, e com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Eles são entusiastas da Nova Ferroeste.

Sonho - “É um sonho que vai sair do papel. Para mim é uma alegria contribuir com o Mato Grosso do Sul e o Paraná, que são dois estados muito importantes para o agronegócio. Juntos eles já têm carga suficiente para dar viabilidade a essa ferrovia. Agora é ajudar, dar força e fazer com que ela caminhe o mais rápido possível”, declarou a ministra. "Quase todos os estudos estão prontos, e principalmente, o que é muito bom, o projeto está no prazo que foi concebido pelos dois estados”.

Presenças - Participaram do encontro Alfredo Lang, diretor-presidente da Cotriguaçu; Dilvo Grolli, diretor-presidente da Coopavel; Irineo da Costa Rodrigues, diretor-oresidente da Lar; Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol; Gilson Luiz Anizelli, superintendente da Cotriguaçu; Valter Vanzella, diretor-presidente da Frimesa; Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa; e técnicos do Governo do Estado. (Com informações da Agência de Notícias do Paraná)

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