INFRA-ESTRUTURA: Paraná quer investir R$ 11 bilhões

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O Paraná reivindica a aplicação de pelo menos R$ 11 bilhões na infra-estrutura do Estado nos próximos anos. Os pleitos foram feitos pelo governo estadual durante a apresentação do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), do Ministério dos Transportes, nesta segunda-feira (10), em Curitiba, e incluem investimentos em portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e hidrovias. O plano foi discutido pelo secretário dos Transportes do Paraná, pelo o secretário Nacional de Política de Transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato Rogério Tizzot, com representantes dos poderes públicos, de entidades empresariais e de universidades. Tizzot afirmou que "há muitos anos o Brasil não planejava transportes. O PNLT vai servir para indicar as prioridades de cada Estado para o setor. É um avanço que vai permitir investimentos de forma organizada e que dêem prioridade às verdadeiras necessidades de cada região", afirmou.

Três etapas - O PNLT divide os investimentos em três etapas: entre 2008 - 2011, de 2012 a 2015 e pós 2015. Segundo Marcelo Perrupato, o plano significa é o retorno da visão do planejamento de médio e longo prazos para que o setor deixe de ser entrave e passe a ser indutor de crescimento. O objetivo das reuniões, segundo Perrupato, é redigir, até outubro, a versão final da programação com base nas demandas apresentadas regionalmente. Dos 27 Estados da federação, quase metade já debateu essas questões. "O Plano vem sendo elaborado através de algumas reuniões que fizemos em todas as regiões do país. Feita essa versão, estamos voltando a todas as capitais para fazer uma reavaliação disso e a edição final nesses próximos meses", informou, ressaltando que anualmente os investimentos, as obras e as metas serão revistas.

Matriz do transporte - Um dos principais objetivos do PNLT é modificar a matriz de transportes no Brasil, que hoje é extremamente dependente do modal rodoviário. O planejamento privilegia a aplicação de recursos em modais pouco utilizados no país, como o ferroviário e o hidroviário, para modificar a matriz do país e diminuir a dependência da energia derivada de petróleo. "A malha rodoviária está muito carregada mesmo com o transporte rodoviário sendo o mais caros entre os três, comparando com ferrovias e hidrovias. O objetivo no longo prazo é equilibrar esta matriz", analisou Tizzot, que também é presidente do Conselho Nacional dos Secretários dos Transportes.

Corredor ferroviário Oeste - Entre as principais sugestões apresentadas pelo Paraná estão a implantação do corredor ferroviário Oeste, garantindo a continuidade da ferrovia no sentido de Guaíra e do Mato Grosso do Sul e, depois, estendê-la até Foz do Iguaçu e Pato Branco. Ainda em consonância com o que defende o PNLT, dando prioridade ao equilíbrio entre os modais, o Paraná apresentou propostas para estabelecer hidrovias rentáveis no Estado. "O Paraná tem muito a ganhar com o desenvolvimento da navegação do Rio Paraná e no Rio Paranapanema. Estamos reivindicando recursos para tornar comercialmente possível e rentável a utilização dessas duas hidrovias", explicou Tizzot.

Corredores rodoviário - Já no modal rodoviário, o Paraná quer que sejam estabelecidos grandes corredores que cortem o Estado de Norte a Sul, formando eixos que vão se somar as rodovias estaduais estruturantes e estabelecer uma malha que possa atender a futura demanda do país.

Presenças - A reunião contou com a presença do diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes, David Gouveia, além de representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Setcepar), Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge), Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). A Ocepar foi representada pelo assessor da diretoria Guntolf van Kaick. Para van Kaick, a montagem do plano "é uma boa notícia e sinaliza que o país está adotando um planejamento estratégico, dando um norte, mostrando que sabe onde ele quer chegar". O desenvolvimento auto-sustentável é uma das marcas do plano, que prevê o mínimo de impacto ambiental na sua execução, priorizando investimentos em setores hoje pouco servidos, como o hidroviário e ferroviário. (Agência Estadual de Notícias e Ocepar).

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