INFRA-ESTRUTURA: Embarques prejudicados no Porto de Paranaguá

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A precariedade e insuficiência de equipamentos está prejudicando o carregamento de farelo de soja no Porto de Paranaguá. O navio Iran Mazandaran atracado no porto começou a ser carregado às 7 horas da última terça-feira e até as 24 horas do mesmo dia, estava com apenas 5,8 toneladas de farelo de soja, o que equivale a 346 mil quilos por hora. De acordo com Albano Simões Pinto, da Agência Marítima Cargonave (operadora do navio), à meia-noite da última quarta-feira o navio foi dispensado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) devido à falta de pás-carregadeiras para a continuação do embarque. Este tipo de equipamento é utilizado para retirar o farelo dos silos horizontais através das moegas (aberturas nos silos). Em seguida, o produto é transportado até os navios por correias. Segundo um operador portuário que preferiu não se identificar, ontem de manhã não foi carregado nenhum quilo de farelo de soja no porto. Segundo ele, além da precariedade e da insuficiência das máquinas, há falta de combustível para movimentá-las.

Prejuízos - De acordo com dados das agências de navegação do porto, a produtividade mínima por dia para carregamento de farelo de soja é de 14 mil toneladas ou 583 toneladas por hora. Só para efeito de comparação, há terminais privados que operam mil toneladas por hora cada um.  Além da queda de produtividade, o problema com o maquinário aumenta o custo dos navios. O custo de espera de um navio parado é de US$ 25 mil por dia e, quem paga a conta é o exportador, segundo as agências de navegação. Ontem, cinco navios estavam esperando para carregar em Paranaguá. Juntos, eles somam um custo de US$ 150 mil por dia. O problema foi detectado pelo Conselho de Autoridade Portuária (CAP) desde o início de julho e, até agora, não teve solução por parte da Appa. A administração do porto não quis se pronunciar sobre o assunto.  (Folha de Londrina)

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