HISTÓRIA: Pioneiro Joaquim Romero Fuentes lança biografia em Maringá

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Completando neste início de 2009 sessenta anos de sua chegada a Maringá, o empresário rural Joaquim Romero Fuentes promove na próxima sexta-feira, dia 13, às 19h, na Livraria Espaço, do shopping Maringá Park, o lançamento de um livro com a sua biografia. A obra, intitulada "Seu Joaquim, um brasileiro de coragem", é assinada pelo jornalista Rogério Recco.

Conteúdo - Com tiragem de 2 mil exemplares e 136 páginas, o livro retrata o período de desbravamento da região, com a derrubada de florestas para o plantio de café. Nascido em Taquaritinga (SP) em 1916, sendo o mais velho de uma família de 9 irmãos, Joaquim foi um dos milhares de agricultores de várias procedências que viram no Norte do Paraná a oportunidade de fazer a vida. Quando ele chegou à incipiente Maringá, em 1949, acompanhado do pai e de um cunhado, apenas para conhecer o lugar, encantou-se com uma propriedade de café que estava à venda no Guaiapó e decidiu comprá-la. Para isso, juntou todas as suas economias e precisou fazer empréstimo bancário, contrariando a vontade do pai, para quem investir no Paraná "não era aconselhável". Mas foi como acertar na loteria: logo após a aquisição, o preço do café disparou e, por dois anos, não houve geada. Nesse curto período de tempo, Joaquim fez o "pé de meia" e tornou-se uma liderança rural de respeito. Tanto que, em 1951, ele integrou uma comissão que foi a Curitiba avistar-se com o governador Moysés Lupion e pedir que o então distrito de Maringá, fundado em 1947, fosse emancipado de Mandaguari. 

História - A história de Joaquim Fuentes é recheada de participações importantes na história regional. Já em 1951, com o dinheiro do café, aventurou-se a comprar terras em várias outras regiões do Paraná e do Mato Grosso do Sul. Tornou-se um formador de fazendas e, em determinada época, chegou a ter 11 propriedades e 2 mil funcionários. Ainda em 1951 já tinha adquirido terras para toda a família e montado uma máquina de café. Juntamente com um tio, Antonio Martos Peres, plantou mais de 5 milhões de pés de café. Em 1963, com seus familiares, foi um dos responsáveis pela fundação da Cocamar, da qual é ainda o cooperado número 2. Em 1979, foi o associado número 1 e o primeiro presidente da Sociedade Rural de Maringá, entidade que voltou a presidir em 2004, ficando até 2008.

Catedral - Um dos orgulhos do pioneiro é o fato de ter participado da finalização das obras da catedral metropolitana, dez meses antes da missa inaugural, em 10 de maio de 1972. Para isso, deixou todos os seus afazeres para dedicar-se integralmente. Nos anos oitenta, foi convidado a presidir a construção do edifício Royal Garden, um dos mais altos do Sul do Brasil, com 40 andares. À época, o prédio estava parado e era conhecido como "elefante branco". Com criatividade e mão-de-ferro, levou a construção adiante. Fuentes, cuja família é de origem espanhola, participou da fundação de várias outras entidades e clubes de serviço em Maringá.

Homenagens - Ao longo de sua vida, foi merecedor de várias homenagens. Em 2008, recebeu dois títulos de cidadania, do município e do Paraná, e a Comenda Américo Marques Dias, concedida pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá.  No ano passado, o pioneiro perdeu sua esposa, Luíza, com quem esteve casado durante 70 anos. Por mais de 20 anos, ela esteve à frente de um grande número de iniciativas de cunho assistencial, que lhe valeram também, como reconhecimento, dois títulos de cidadania honorária. O livro "Seu Joaquim, um brasileiro de coragem", será vendido, no dia do lançamento, a R$ 25,00, sendo que todo o recurso arrecadado seguirá para o Provopar. (Imprensa Cocamar)

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