Guamiranga quer Sicredi como seu \"Banco\"

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O prefeito de Guamiranga, João Orestes Fenker, espera que o governo Requião, que toma posse na próxima semana, passe a adotar o sistema de cooperativas Sicredi para o repasse de recursos ao município, pagamento do funcionalismo e recolhimento de tributos. O “banquinho”, como a cooperativa Sicredi é carinhosamente chamada, é a única instituição financeira do município, que fica a 194 km de Curitiba, entre Imbituva e Prudentópolis. Com pouco mais de 7 mil habitantes, o município vive da agricultura e da indústria oleira. A cooperativa Sicredi Centro Sul instalou uma agência em Guamiranga em 1998, evitando que, a partir de então, os cidadãos tivessem que se deslocar aos municípios vizinhos para realizar serviços bancários.

Demanda por crédito rural- A agência Sicredi de Guamiranga tem 921 associados, a maioria pequenos correntistas, fumicultores e outros agricultores, que realizam operações bancárias para financiamento da produção com recursos do Pronaf e Pronafinho. As operações de crédito ficam em torno de R$ 5.000,00 cada. Aposentados, indústrias oleiras, casas comerciais e pequenos empreendedores também se beneficiam dos serviços bancários oferecidos pela cooperativa. Antes tinham que se deslocar para os municípios vizinhos para pagamento de contas, depósitos e saque de dinheiro.

Em defesa da instituição da comunidad – “Queremos que o governo do Estado repasse o dinheiro da Prefeitura através da Sicredi, porque o que a cooperativa faz pelo município ninguém faz. É a instituição da comunidade e a cidade tem que pensar nela”, defende o prefeito João Orestes Fenker. Questionada pelo Tribunal de Contas por que a Prefeitura se utilizava da Sicredi para efetuar sua movimentação financeira, o prefeito apresentou como defesa o fato de ser a única instituição financeira no município. “Acho que quem determina quem é o agente financeiro oficial é o município”, explicou. Por fim, argumentou: “O dinheiro da Sicredi fica aqui, gira aqui e beneficia o crescimento do município. A cidade tem que pensar nela”.

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