Governo prevê dólar a R$ 3,37 no final do ano
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Produto Interno Bruto - A valorização diminui a parcela da dívida pública corrigida pelo dólar. O esforço fiscal do governo tem justamente o objetivo de reduzir a relação entre a dívida e o PIB (Produto Interno Bruto). ''Não me parece adequado que o câmbio chegue a um piso não favorável ao desempenho das exportações. Se o real continuar se apreciando, isso coloca uma restrição ao resultado comercial", respondeu Miranda. Esse mesmo tipo de preocupação já foi manifestada pelos ministros Guido Mantega (Planejamento), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e Roberto Rodrigues (Agricultura).
Miranda também afirmou que as previsões sobre crescimento econômico apresentadas no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias enviado ao Congresso na semana passada são ''conservadoras''. O projeto fala em crescimento de 3,5% para 2004, 4% para 2005 e 4,5% para 2006. ''As metas de crescimento estão bastante aquém da potencialidade da economia brasileira.''
Taxas de juros - Em relação às taxas de juros, Miranda disse que a projeção para a taxa média anual que corrige a dívida pública é de 23,5% para 2003, o que pode indicar queda dos juros nos próximos meses, atualmente em 26,5% ao ano. Segundo Miranda, o aumento das exportações terá papel de destaque na ativação do crescimento econômico do país já a partir do segundo semestre. Ele explicou que o país também poderá contar com um aumento dos financiamentos externos e com parcerias entre os setores público e privado. O secretário de Planejamento de São Paulo, Andrea Calabi, disse que o Estado trabalha com números mais pessimistas para o crescimento econômico. ''As taxas de juros reais acima da inflação estão muito altas. Quem vai investir em infra-estrutura?''