FUTURO 10 PARANÁ: Logística de transporte do PR terá 25,6 bi até 2022, diz ministro

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Até 2022, o governo federal deverá investir no Paraná R$ 25,65 bilhões em obras de melhoria da infraestrutura de transporte. Esse é o valor previsto no Plano Nacional de Logística de Transporte (PNLT), segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que esteve em Curitiba, na manhã desta quinta-feira (29/03), a convite do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná para apresentar os investimentos que estão sendo realizados pelo governo federal em rodovias, portos, ferrovias e aeroportos. Ele se reuniu com representes das entidades de classe que integram o Fórum, entre elas, a Ocepar, e com os secretários estaduais da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, do Planejamento, Cássio Taniguchi, e da Indústria e Comércio, Ricardo Barros. 


Recursos - De acordo com o ministro, o governo federal necessitaria investir mais de R$ 300 bilhões para atender à demanda de obras necessárias à atualização da infraestrutura de transporte em todo o País. “Seriam, no mínimo, R$ 30 bilhões por ano, o que representa cerca de 0,6% do PIB nacional”, acrescentou. No entanto, o orçamento total para 2012 prevê recursos na ordem de R$ 21,9 bilhões, dos quais R$ 19,8 bilhões destinados pelo Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC). Durante o ano, o governo deverá aplicar R$ 13,6 bilhões em rodovias, R$ 2,8 bilhões em rodovias e R$ 0,4 bilhões em hidrovias, entre outras obras.  No Paraná, o Ministério dos Transportes vai investir nesse ano R$ 609,8 milhões. 


Obras – O ministro afirmou que ficou satisfeito em ouvir as demandas dos paranaenses porque elas coincidem com muitas obras que constam no planejamento do governo federal. “Senti, em primeiro lugar, governo do Estado e empresariado sintonizado em relação ao que é importante para o Paraná. Percebi coincidências entre o que é desejado pelos paranaenses e o que o governo federal está fazendo. Entre os itens que foram apresentados, eu destacaria o corredor ferroviário do Paraná e sua articulação com o Porto de Paranaguá, o contorno rodoviário norte de Curitiba e também a melhoria das condições de acessibilidade ao Porto de Paranaguá, além daquilo que estamos executando no Estado. Já estão sendo realizados investimentos previstos na BR 158, pavimentação de Campo Mourão a Palmital; da segunda etapa do contorno de Maringá, e a recuperação, dentro de um projeto pesado que vamos fazer na BR 163, entre Guaíra e Barracão, e na BR 153, a Transbrasiliana, que é uma demanda apresentada pelo Estado. Enfim, os investimentos estarão sendo realizados no montante necessário para que a infraestrutura do Estado possa significar um bom suporte  para o desenvolvimento do Paraná”, afirmou.

 

BR 101- O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, questionou o ministro sobre a possibilidade da construção da BR 101 no Paraná, único estado brasileiro que não conta com trecho dessa rodovia que corta o País de Norte a Sul. Passos afirmou que a demanda é legítima, mas que terá que ser analisada com cautela pelo governo federal. “Se for construída, terá que atravessar uma região muito sensível, localizada no litoral. Dessa forma, teremos que estudar todos os requisitos ambientais necessários para a viabilização da obra”, explicou. O ministro disse ainda que até o final do ano estarão licitadas todas as obras pendentes na Estrada da Boiadeira e afirmou que é necessário investir em outros modais de transporte, além do rodoviário. “Nós temos que mudar a matriz de transporte do Brasil dando uma ênfase muito grande a outros modais, como o ferroviário e o hidroviário. Isto não significa que iremos reduzir os investimentos que faremos em rodovias. Nós temos um país que precisa investir muito em rodovias, seja em termos de pavimentação para atender áreas que ainda não estão devidamente atendidas, seja em termos de adequação de capacidade e duplicação para melhorar as condições de circulação daquelas regiões mais ricas, mais prósperas e que precisam ter uma infraestrutura desimpedida para que as operações de logística, de transporte fluam eficientemente”, frisou.  


Fórum- Passos elogiou a iniciativa do Fórum pois abriu um canal importante de diálogo com o governo federal. “Eu compreendo a iniciativa do Fórum Futuro 10 como extremamente louvável porque ela criou as condições e oportunidades para que o Estado pudesse, de maneira agregada, expressar de maneira clara quais são as prioridades, suas vontades, como essas coisas se relacionam com a expectativa de futuro do Estado. Isso é muito bom pois possibilita o diálogo com o governo federal. Até porque quando o Estado tem clareza de suas prioridades e de seus objetivos, a conversa fica mais fácil e podemos estabelecer, da melhor forma, um relacionamento proveitoso”, afirmou. 


Satisfeito – Na avaliação do secretário estadual da Infraestrura e Logística, José Richa Filho, o encontro com o ministro foi muito positivo. “Saí dessa reunião bastante satisfeito com que vi e ouvi e com a possibilidade de conversar com o governo federal. Temos certeza que essa visita com o ministro trará bons frutos. Ele anunciou obras que estão em andamento e que nós já havíamos pedido maior celeridade já que os acontecimentos no ano passado, com as mudanças no Dnit, no Ministério e na VALEC, acabaram prejudicando o andamento dessas obras não só no Paraná, mas no país inteiro. Nós saímos bastante animados daqui pois o objetivo de todos nós é o mesmo, ou seja, trazer o desenvolvimento não só econômico como também social do estado do Paraná”, disse Richa Filho.

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