FUTURO 10 PARANÁ I: Estradas do Paraná terão pelo menos R$ 3 bilhões

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O secretário de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi, apresentou nesta terça-feira (21'/06) detalhes do programa de desenvolvimento na área de infraestrutura do estado, que vai contemplar investimentos - principalmente via Parcerias Público-Privadas (PPPs) e financiamento junto a bancos de fomento - em rodovias, ferrovias e no Porto de Paranaguá. O projeto, que vem sendo elaborado pela secretaria nos últimos meses, foi revelado em primeira mão pelo secretário em reunião, ontem pela manhã, do Fórum Permanente Paraná Futuro 10, que reúne as principais entidades de classe do estado. Estão garantidos pelo menos R$ 3 bilhões para estradas federais do estado.

Prioridades - De acordo com Taniguchi, as prioridades são, dentre outras, as melhorias no Porto de Parana­guá, a renegociação com as concessionárias de rodovias sobre o valor do pedágio e novas obras, a interligação dos municípios da região central do estado ao Anel de Integração, a ampliação dos aeroportos Afonso Pena e de Foz do Iguaçu e, ainda, a viabilização de um aeroporto de cargas na região de Ponta Grossa. Na área ferroviária, o foco do governo é o ramal ferroviário entre Guarapuava e Paranaguá, trecho considerado pelos representantes do agronegócio um dos grandes gargalos do escoamento da safra agrícola até o porto. "Hoje uma viagem entre Cascavel e Para­naguá dura mais de seis dias. O objetivo é que ela seja reduzida a oito, dez horas com a nova configuração da Ferroeste", afirmou Taniguchi.

Investimentos totais - Os investimentos totais ainda não são conhecidos e vão depender da elaboração dos projetos. A intenção é buscar recursos do Banco Mundial, do Banco Inter-Americano de Desenvol­vimento (Bird) e do Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC), dentre outros. Na área de rodovi­as estaduais, o governo estima a necessidade de R$ 1,6 bilhão em recursos. Nas estradas federais do estado, o Depar­tamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) já tem programados R$ 3 bilhões em obras referentes ao PAC 1 e 2, de acordo com Taniguchi. Desse total, R$ 1 bilhão está sendo aplicado.

Genérica - A apresentação do secretário, no entanto, ainda foi genérica e se limitou basicamente a um mapa onde são citadas as principais obras. Muitas delas já foram anunciadas e dependem de negociação com o governo federal e a iniciativa privada. No Porto de Paranaguá, entre os projetos principais estão a duplicação da capacidade do corredor de exportação, a melhoria dos acessos, a ampliação do terminal de contêineres e do pátio de automóveis. "A construção do cais oeste é outra possibilidade", afirma. Segundo Taniguchi, o projeto levou em consideração as propostas do próprio Fórum Perma­nente Paraná Futuro 10, além do Programa Estadual de Logística de Transportes (Pelt), capitaneado pelo Crea-PR e que prevê a necessidade de R$ 12 bilhões em investimentos em obras para o estado.

Parcerias - Ao ser questionado sobre a capacidade financeira do estado em fazer frente a esses projetos, Taniguchi disse que o estado terá obrigatoriamente de buscar "funding" externo ao caixa do governo. "O estado tem uma capacidade de investimento limitada. Mas temos o dinheiro do mundo inteiro para financiar essas obras. O principal agora é entrarmos rapidamente na fase de elaboração de projetos. E os recursos para essa etapa terão de sair do governo", afirma.

Projetos - A demora na formulação de projetos tem sido um dos grandes problemas do estado na hora de reivindicar recursos, lembrou Mario Stamm Júnior, consultor de Logística da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). A entidade propôs a criação de um banco de projetos, em parceria com os governos federal e estadual, além de organismos internacionais de fomento. "Um projeto demanda em média dois anos e meio para ser concluído. É muito tempo e o Paraná já está atrasado", afirma Stamm Júnior. (Gazeta do Povo)

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