FÓRUM DOS PRESIDENTES III: Cooperativas cobram redução de pedágios de Osmar e Beto

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Os dois principais candidatos ao governo estadual, Osmar Dias (PDT) e Beto Richa (PSDB), participaram na manhã de sexta-feira (30/07) de uma sabatina promovida pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Osmar e Richa apresentaram propostas contidas em seus planos de governo voltadas para o cooperativismo e depois responderam perguntas dos participantes do encontro. Os dois candidatos receberam do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, um documento com as metas da instituição para os próximos quatro anos."É a primeira vez que realizamos um debate desse nível. Esperamos que essas propostas sejam consideradas dentro de uma política de apoio às ações do cooperativismo", afirmou Koslovski.

Pedágio - O preço do pedágio foi um dos temas mais debatidos no encontro na Ocepar. Para a associação de cooperativas, trata-se do principal responsável pelo aumento do chamado "custo Paraná" - o conjunto de dificuldades estruturais que encarecem a produção agrícola e industrial e seus escoamentos. O assunto foi abordado por Osmar e Beto sem que nenhum deles tenha se comprometido a dar uma solução para a questão.

Agência Reguladora - Primeiro candidato a falar no encontro, Osmar Dias apresentou a proposta de criação de uma Agência Reguladora do Pedágio, formada por representantes dos consumidores, concessionárias e governo. "Sugiro que, a cada mês, a concessionária publique, em jornal ou internet, por exemplo, o quanto está faturando e o quanto está investindo para podermos checar se a tarifa cobrada é justa. Também fazer uma auditagem completa nos contratos para saber quais obras deveriam ter sido feitas e quais não foram e sobretudo, negociar que as ações na Justiça sejam tiradas porque elas não estão resultando em nenhum benefício para os usuários das rodovias", explicou Dias. Já Beto Richa garantiu que não vai politizar o assunto e nem transformá-lo em bandeira eleitoral. "Vou discutir a questão do ponto de vista técnico e não político, chamando as concessionárias para conversar. Eu sei fazer isso: sei negociar", disse.

Alfinetadas - A exemplo do que aconteceu há duas semanas, durante encontro promovido pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep), os dois candidatos se comprometeram a atender as reivindicações apresentadas na reunião em seus possíveis mandatos, mas aproveitaram para alfinetar o adversário no que consideram seus pontos fracos. Osmar Dias, diante de uma plateia composta por produtores rurais, fez questões de demonstrar conhecimento sobre a situação do agronegócio em oposição a pouca afinidade do adversário com o tema. "Sou cooperado de quatro cooperativas e estou em casa. Participo há 30 anos dos debates sobre agricultura e cooperativismo no Paraná. Não estou chegando para debater esses temas agora. Por conhecer essas propostas, tenho facilidade em dizer que a maioria delas vai ser adotada no meu plano de governo", disse.

Gestor - O ex-prefeito de Curitiba admitiu que não é especialista em agricultura, preferindo assumir a imagem do gestor que sabe escolher a melhor equipe técnica para a administração pública."Por isso, a importância de estar aqui, conversando com profissionais que fazem as cooperativas paranaenses modelos no Brasil e no mundo. Portanto, nada melhor do que ser aliado de quem entende do setor", afirmou.

Richa também tentou associar outra vez a imagem de Osmar ao MST. O tucano defendeu novamente o direito de propriedade e a imediata reintegração de posse de áreas invadidas. "Este é um tema importante e garanto que no meu governo iremos garantir o cumprimento dos mandados de reintegração de posse, além de trabalhar para que não ocorram invasões a propriedades produtivas." (Gazeta do Povo)

Reivindicações - Propostas apresentadas pelas cooperativas aos candidatos:

- Criar uma Agência de Desenvolvimento Econômico liderada pelo governador.

- Apoiar as ações do cooperativismo para alavancar o desenvolvimento econômico.

- Promover o crescimento do PIB do Paraná de R$ 180 bilhões para R$ 220 bilhões.

- Aumentar a produção de grãos de 32 milhões de toneladas para 37 milhões de toneladas e aumentar em 25% a capacidade de industrialização.

- Elevar as exportações de US$ 11 bilhões para US$ 18 bilhões.

- Realizar obras de infraestrutura para reduzir em 15% os custos de logística do produtor rural.

- Obter o "status" de estado livre da febre aftosa.

- Implantar um programa de estímulo ao desenvolvimento agroindustrial e organizar as cadeias produtivas.

- Profissionalizar e modernizar a administração pública com ênfase na qualidade dos serviços prestados pelo Estado.

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