FÓRUM DE MERCADO: Evento reúne 100 participantes em Maringá

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O Fórum de Mercado das Cooperativas 2012, promovido pelo Sistema Ocepar e Sescoop/PR, teve sua primeira etapa nesta sexta-feira (06/07) em Maringá, na sede da Cocamar, com três palestras que reuniram cerca de 100 participantes, entre os quais representantes de diversas cooperativas da região. Wilson Vaz de Araújo, diretor do Departamento de Economia do Ministério da Agricultura do Abastecimento (Mapa), fez uma apresentação do Plano Agrícola e Pecuário lançado no último dia 28; Paulo Molinari, analista da Safras & Mercado, abordou as perspectivas de mercado para soja, milho e trigo na safra 2012/13; e Luiz Cláudio Caffagni, gerente de serviços em commodities da BM&FBovespa, destacou a importância de os produtores conhecerem melhor as oportunidades oferecidas pelo mercado futuro. Ao iniciar o evento, o gerente comercial da Cocamar, Antonio Sérgio Bris, fez uma saudação em nome da diretoria da cooperativa, a qual participa de um ciclo de reuniões com os cooperados na região. O gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra, e o analista Robson Mafioletti também participam do Fórum.

Plano - O representante do Mapa relacionou as medidas anunciadas no Plano, que terá um total de R$ 115,25 bilhões oferecidos para agricultura comercial, 7,5% a mais que o montante da última edição. Desses recursos, R$ 93,9 bilhões terão juros controlados e R$ 21,3 será disponibilizado a juros livres.

Prioridades - De acordo com Wilson Vaz Araújo, as prioridades são melhorar o atendimento ao médio produtor, incentivar a expansão da agricultura de baixa emissão de carbono, fortalecer as cooperativas e regionalizar as políticas para o setor.

Paraná - “O Paraná é o principal tomador de crédito para custeio e R$ 11 bilhões vão ser destinados para esse fim, o que corresponde a 18% do montante. No total, o Estado vai receber R$ 17,37 bilhões”, afirmou.  Segundo ele, por meio de representações como Ocepar, Faep e Deral, o Estado sempre ajuda muito na elaboração dos planos anuais, cujas propostas chegam ao Ministério de uma forma única”.

Seguro Rural- Ele destacou o crescimento dos valores do seguro rural, que de R$ 10 milhões em 2005, saltou para R$ 267 milhões este ano e poderá chegar a R$ 400 milhões no ciclo 2012/13. “O pedido para atingir os R$ 400 milhões foram da própria presidente Dilma, e quando ela pede, a gente tem que correr atrás”, comentou Araújo. Ainda sobre seguro rural, ele explicou ainda que o limite para enquadramento no Proagro passou de R$ 150 mil para R$ 300 mil, sendo que a taxa de adesão caiu de 4% para 3%. “Hoje atendemos com seguro 10 milhões de hectares, mas em 24 meses queremos chegar a 15 milhões”, frisou o diretor do Mapa, salientando que a presidente demonstra estar comprometida em expandir a agricultura de emissão de baixo carbono.

Mercado - Em sua palestra sobre as tendências do mercado de commodities, o economista Paulo Molinari começou dizendo que quando todos pensavam que o bonde já tinha ido embora, ele está de volta. Molinari se referiu às especulações quanto aos efeitos danosos causados pelo clima irregular na agricultura dos Estados Unidos, onde a cultura de milho atinge seu período crítico e a de soja preocupa.

Reviravolta - “Em apenas 15 dias, de meados de junho para cá, passamos de uma situação desanimadora em relação ao milho, para um quadro altamente otimista”, citou, esclarecendo que pelo terceiro ano consecutivo há problemas climáticos na região produtora daquele país. “Ainda temos todo o mês de julho e metade de agosto para a definição do tamanho da safra americana”, ressaltou Molinari, alertando que todas as informações sobre quebras, por enquanto, são ainda meramente especulativas.    

Chuvas - Choveu bem em abril e maio mas, no mês de junho, as médias de precipitações ficaram abaixo da necessidade das lavouras e não há perspectivas de mudança desse cenário em julho. “A situação é mais crítica para o milho, no momento, mas a soja vai entrar logo em floração e poderá ser afetada”, ressaltou. Segundo o economista, se o clima contrariar as previsões e chover forte em julho, todo esse quadro otimista de preços pode se inverter.

 Vender - Como os preços do milho estão altos no momento, a orientação dele é que os produtores aproveitem a oportunidade para vender. A previsão para o próximo ano, afinal, é de recomposição dos estoques.

 Caótico - Já em relação à soja, Molinari prevê que somando a quebra da produção na América do Sul à situação de baixos estoques mundiais, o mercado terá um quadro caótico pela frente se a frustração de safra for confirmada nos Estados Unidos. “O mercado já não tem onde comprar soja e, pelo menos até janeiro, farelo será um artigo complicado”, acrescentou. (Imprensa Cocamar)

 

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