Fiesp apoia criação de mais oito cooperativas de crédito

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) prepara o lançamento de pelo menos mais oito cooperativas de crédito e três foram lançadas oficialmente nesta segunda-feira, após terem recebido a aprovação Banco Central para operar. A Fiesp pretende anunciar nos próximos dias os detalhes do projeto do fundo de recebíveis da entidade. Cláudio Luiz Miquelin, diretor da área de crédito da Fiesp, adianta que dez grandes empresas dos setores de autopeças e eletroeletrônicos participarão da iniciativa. O banco estruturador deverá ser anunciado em duas semanas e a proposta será encaminhada à Comissão de Valores Mobiliários em seguida. A expectativa é que o fundo comece a operar em, no máximo, 120 dias.

Concorrência - O presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, disse que o projeto não vem para ameaçar o sistema financeiro, mas reiterou que sua adoção pode ajudar a mudar a atitude dos bancos. "A concorrência do sistema financeiro ainda está aquém do que deveria e não muda talvez por complacência da população", disse. Segundo a Fiesp, as três cooperativas de crédito lançadas nesta semana vão viabilizar linhas mais baratas de financiamento para pequenas e médias empresas. A expectativa da entidade é que as taxas sejam até 30% menores que a média cobrada pelos bancos tradicionais para operações entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. O público visado pela entidade, companhias com faturamento até R$ 15 milhões, responde por 85% dos quadros da Fiesp.

Cooperativas integram Sicredi - O projeto-piloto começou no ano passado, após ter sido aprovada a Resolução 3.140 do Conselho Monetário Nacional (CMN). O texto autoriza a criação de cooperativas de crédito para grupos de empresas e indivíduos sem vínculo de atividade, desde que participem de empresas ligadas a um mesmo sindicato ou associação patronal. A iniciativa abrange três regiões do estado: Alta Noroeste (Araçatuba e Birigüi), Alta Mogiana (Sertãozinho e Ribeirão Preto) e ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema). As cooperativas terão capital inicial de R$ 450 mil e a alavancagem poderá atingir até sete vezes esse volume. A Fiesp injetou R$ 300 mil como capital inicial de cada cooperativa e outros R$ 40 mil para cobrir despesas de instalação. A entidade pretende reunir pelo menos 30 empresários ligados ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em cada uma delas. O aporte total do empresários seria, portanto, de R$ 150 mil, ou R$ 5 mil cada um. A organização e acompanhamento será feito pelo Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi), que já atua em seis estados, tem mais de 800 unidades de atendimento e é acionista do Bansicredi. O Sicredi administra mais de R$ 4 bilhões em recursos dos seus associados.

Conteúdos Relacionados