FERTILIZANTES: Produtores estão sem medo de investir em tecnologia

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O produtor brasileiro, incentivado pela reação de mercado dos últimos meses, volta a investir em tecnologia. Apesar do aumento dos insumos, sobretudo fertilizantes, que alcançou 30% em relação à safra passada, os agricultores usaram 9,5% a mais de fertilizantes da última safra. Neste ano, estima-se que serão comercializadas 23 milhões de toneladas desses produtos - em 2006 foram 21 milhões de toneladas. O Paraná segue a tendência e a estimativa chega a 15,8%. Segundo a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), de janeiro a setembro deste ano foram vendidas 3,14 milhões de toneladas, contra 2,74 milhões de toneladas do mesmo período de 2006. A projeção é que o total de 2007 chegue a 3,29 milhões de toneladas.

Aumento de preços - Agricultores brasileiros sofrem os efeitos da reação no mercado internacional. Apesar da valorização do real, tiveram que pagar 30% a mais pelos fertilizantes, em função do aumento da demanda no exterior. "Houve um aquecimento da ecomomia mundial, que se refletiu nos preços dos insumos", diz Flávio Turra, técnico da Ocepar. Os custos dos fretes, principalmente os marítimos, também interferiram nos preços. A técnica do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura, Margorete Demarchi, lembra que inundações nas minas da Ucrânia e Rússia também provocaram o aumento nos preços dos produtos.

 

Reflexos nos custos de produção - A reação do mercado internacional naturalmente reflete no custos da produção agrícola brasileira. "Dependemos da importação de fertilizantes, 60% da matéria-prima vem do exterior", explica Turra. Calcula-se que na cultura do milho, por exemplo, o impacto do aumento desses preços será de 9%, e na soja o custo da lavoura será 6% mais alto. Porém, na ponta do lápis, o investimento vale a pena, segundo o técnico da Ocepar. "Hoje os produtores recebem R$ 26,00 pela saca do milho e R$ 38,00 pela soja, remuneração compensadora", diz. "O mercado atualmente é promissor", avalia. (Folha de Londrina)

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