FERTILIZANTES: Camex reduz direito antidumping sobre importações do glifosato chinês

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O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu reduzir o direito antidumping aplicado sobre a importação de glifosato (matéria-prima usada na fabricação de defensivos agrícolas) oriundo da China, de 35,8% para 11,7%. A decisão foi publicada, nesta quinta-feira (21/02), na Resolução Camex nº 9, no Diário Oficial da União (DOU). A medida tem caráter provisório e entrará em vigor no período em que está sendo realizada a revisão no Departamento de Defesa Comercial, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O estudo identificará se existe a prática de dumping pela China nas exportações do produto e o dano à indústria doméstica decorrente desta prática. O prazo legal para conclusão dessa análise é de até 12 meses.

Menor custo - A redução do direito antidumping sobre a importação de glifosato deve baratear o cultivo de produtos agrícolas como milho e soja, usados na alimentação de aves e de suínos. Com isso, espera-se redução dos preços desses produtos internamente e o aumento da competitividade no mercado internacional. Em 2007, o Brasil exportou cerca de US$ 4,6 bilhões em carne de frango e mais de US$ 1,2 bilhão em carne suína. Desde 2003 o Brasil aplica direito antidumping na importação do glifosato vindo da China. A taxação de 35,8% sobre o valor desse insumo agrícola vigorará até a edição da nova Resolução Camex, que alterará o direito antidumping para 11,7%. Na avaliação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a aplicação de direito antidumping à importação do glifosato chinês reduziu as opções de fornecimento desse insumo no Brasil, fortalecendo tendência ao oligopólio de mercado desse produto. (Imprensa Mapa)

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