FAZENDAS BOI GORDO EM CONCORDATA

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Em nota oficial divulgado no dia de ontem (17), o presidente do grupo Fazenda Reunidas Boi Gordo, Paulo Roberto Andrade, tenta tranqüilizar seus clientes sobre o pedido de concordata impetrado no último dia 15 de outubro na Comarca de Comodoro, no Mato Grosso, "município sede da principal central de produção da empresa", diz o documento. A empresa, que vendia contratos coletivos de investimentos em agropecuária, alega aos investidores que a causa da decisão foi a demora de cinco meses para a aprovação do último pedido de reserva de subscrição de Contratos de Investimento Coletivo (CIC) por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em comunicado ao público, a Boi Gordo informa que todos os parceiros receberão, em no máximo 45 dias, correspondências com informações sobre a habilitação dos créditos e orienta que aqueles que não forem procurados devem telefonar para a central de atendimento (0800-125966). O grupo garante ainda que vai honrar todas as obrigações. A repercussão da notícia causou insegurança no mercado, obrigando a CVM a tornar mais rígidas as regiras para distribuição de contratos. A Boi Gordo tinha 27.700 clientes em todo País, e já havia comercializado, desde a fundação, em 1988, 22 milhões de arrobas. O promotor de Justiça da Comarca de Comodoro, Mauro de Souza, informou que sua primeira tarefa à frente do processo, será iniciar uma investigação para averiguar a correção das informações e avaliar se não se trata de crime contra a economia popular, diante do grande número de investidores.

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