Evento sobre comércio exterior destaca participação das cooperativas no avanço do agro paranaense
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Com perspectiva de grandes investimentos neste ano, o cooperativismo é peça-chave para que o agro do Paraná ganhe ainda mais espaço no mercado internacional. O assunto pautou o Comexhoje, evento que aconteceu no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, nessa quinta-feira (20/02).
Com o tema “Um Olhar para o Futuro do Comércio Exterior”, o evento reuniu líderes da indústria, especialistas em comércio internacional, autoridades e empreendedores para debater as principais tendências do mercado global, com foco nos setores agroindustriais.
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, participou do painel “O Paraná na Rota do Comércio Internacional: Desafios e Oportunidades no Agronegócio para 2025”, ao lado secretário estadual da Fazenda (Sefa), Norberto Ortigara, e do diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Marcelo Garrido, com mediação do assessor técnico da Sefa/PR, Emanuel Cavalar.
Ricken destacou o papel das cooperativas na economia estadual. “Nós temos um cooperativismo forte, organizado, profissional, que investe e está no mundo todo com produtos de excelente qualidade e sustentabilidade”, disse. As cooperativas do Paraná estimam investimentos de R$ 9,2 bilhões em 2025, segundo levantamento do Sistema Ocepar.
O presidente do Sistema Ocepar destacou o status sanitário do Paraná, que é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como área livre de febre aftosa sem vacinação, certificação que abre mercados para a proteína animal do estado, em especial em países que remuneram melhor, além de estimular esses investimentos.
O Paraná tem 227 cooperativas de sete ramos de atividade, sendo o agro o mais expressivo em termos econômicos, representando quase 64% de tudo que se produz na agropecuária do Paraná. De acordo com Ricken, são 152 agroindústrias ativas, além de oito em construção. “Isso é fundamental para agregação de valor, aumentar a renda dos produtores e ganhar mercado”, disse.
Segundo o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, 2025 será um ano representativo em investimentos em infraestrutura, com melhorias em ferrovias e portos, por exemplo. “Avançamos muito na atração de investimentos para agregar valor aos produtos e temos motivado empresas locais, como as cooperativas, mas também trazendo empresas do mundo. Investimento modifica a realidade e traz mais eficiência. Nossa exportação paranaense pode ser maior, se tiver qualidade, sanidade e constância de oferta”, disse.
Dados
O diretor do Deral, Marcelo Garrido, falou sobre a expressividade da produção animal no agro paranaense. O Paraná é o maior produtor de carne de frango e o segundo maior produtor de carne suína do Brasil. Quanto às exportações agropecuárias do estado, a soja corresponde a 40%, e as proteínas animais entre 15% e 20%.
Os produtos do agro chegam a cerca de 180 países. China, Estados Unidos e União Europeia estão entre os principais compradores, mas o Estado busca diversificar os destinos. Ele destacou também a parceria entre o governo e entidades que representam o setor na busca por mais oportunidades e estratégias de crescimento. “Temos essa boa comunicação, o que faz com que a agricultura do Paraná seja tão evoluída e diversificada”.
FOTOS: Gisele Barão / Assessoria Sistema Ocepar e Gaby Smek / Sefa