Europa só aceita carne com rastreabilidade

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Apesar do diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Rui Vargas, afirmar que a União Européia não obriga nenhum país fora do bloco a implantar o rastreamento bovino, a UE também não importa carne de mercados que não tenham certificação de origem. Dessa forma, explicou, só países que têm algum sistema de identificação de origem animal podem exportar carne bovina à UE. Vargas acrescentou que para não "perder" o mercado europeu, o Brasil lançou o Sisbov (Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina) em 2002. Desde 15 de julho, a UE só aceita a carne brasileira com certificado de origem, segundo o ministério. Hoje, o Brasil tem 4,6 milhões de animais cadastrados no Sisbov. De acordo com Vargas, o sistema de certificação de origem europeu entrou em vigor em 2002, e a UE passou a fazer a mesma exigência para terceiros países. "Eles não impõem um modelo de rastreamento, mas querem a certificação de origem, alicerçada em identificação individual, base de dados informatizada em órgão governamental e controle da movimentação de animais". Especialistas, no entanto, afirmam que a UE não exige identificação individual. Segundo Vargas, o Brasil poderá fazer a certificação de origem por propriedade rural. Mas a certificação por propriedade não exclui a identificação individual do gado bovino.

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