ESTIAGEM I: Paraná eleva a estimativa de perdas causadas pela seca na safra de grãos

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A segunda estimativa com os impactos da estiagem sobre a safra de verão do Paraná, divulgada nesta terça-feira (13/01) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Estado, mostrou que a colheita de grãos, que poderia chegar a 21,58 milhões de toneladas, será 5,06 milhões de toneladas menor. A quebra, de 23,4%, é uma das maiores já registradas em campos paranaenses. A produção prevista agora é de 16,52 milhões de toneladas e não estão descartadas novas reduções em decorrência de problemas climáticos.

Maior quebra - A maior quebra foi do feijão, que terá produção 38,6% menor que a esperada - o volume caiu de 610,4 mil toneladas para 375 mil. No milho, a redução chega a 31,5%, com colheita prevista agora em menos de 6 milhões de toneladas, ante as 8,7 milhões do início do plantio. Na soja, havia a estimativa de produção de 12,8 milhões de toneladas, mas a seca deverá resultar em perdas de 17%, para 10,2 milhões. Em dezembro, o Deral previa quebra de 3 milhões de toneladas de grãos (com redução de 25,5% na colheita de feijão, 20% na de milho e 8,3% na de soja). "Aquela avaliação era de 15 de dezembro e depois disso tivemos outros dias sem chuvas", diz o secretário da Agricultura do Paraná, Valter Bianchini. Segundo ele, a colheita de feijão e milho está "praticamente definida", mas a de soja ainda pode sofrer alterações.

Safrinha - "Vamos apostar na safrinha de milho", disse Bianchini, que citou a alta dos preços dos grãos como atenuante para as perdas. Quando apresentou a pesquisa anterior, ele havia anunciado que os prejuízos seriam de R$ 1,5 bilhão, mas desta vez ponderou: o valor era referente ao volume que deixará de ser colhido com base na cotação do dia. Segundo ele, se fosse feito o mesmo cálculo agora, com as 5 milhões de toneladas que deixarão de ser colhidas e negociadas pelos agricultores, os prejuízos no campo passariam de R$ 2,5 bilhões. "Com a quebra, os preços reagiram, então esse número não é real". O próprio Deral mostra que, de novembro até esta terça-feira, o preço do feijão subiu 23%, o do milho, 13,4%, e o da soja, 13,8%. (Valor Econômico)

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