ESTADOS UNIDOS I: Turbulência volta a afetar as commodities agrícolas

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A tremedeira no sistema financeiro americano provocada pelas notícias sobre a crise do banco de investimentos Lehman Brothers e a venda do Merrill Lynch causou novas rachaduras na base de sustentação das cotações das principais commodities agrícolas negociadas globalmente. Na bolsa de Chicago, referência mundial mais importante para os preços dos grãos, soja e milho não resistiram à influência do tombo do petróleo, da valorização do dólar e da perspectiva de desaceleração econômica e caíram; o trigo subiu, mas em virtude da expectativa de queda de plantio nos Estados Unidos por conta do encarecimento dos fertilizantes - que pode perder fôlego com a baixa do petróleo.

Soja - Ajustes de posições derivados da mudança de contratos em Chicago também tiveram influência nos três mercados, mas sem peso capaz de alterar rotas ditadas pelo reposicionamento de ativos em função das turbulências financeiras ou pelas notícias ligadas aos fundamentos. No mercado de soja, os contratos com vencimento em janeiro, que ontem assumiram a segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez), encerraram o pregão a US$ 11,9475 por bushel, em queda de 23,25 centavos de dólar. Em relação ao fechamento de sexta-feira da segunda posição, então ocupada pelos contratos para novembro, houve desvalorização de 0,6%, segundo cálculos do Valor Data.

Milho e trigo - No milho, os papéis para março, que assumiram a segunda posição, perderam 1,75 centavo de dólar por bushel ontem e fecharam a US$ 5,8025. Na comparação com o fechamento da segunda posição (dezembro) na sexta-feira, porém, houve alta de 3,02%. No trigo, os novos contratos de segunda posição (março) subiram ontem 7,25 centavos de dólar por bushel, para US$ 7,49. Em relação à segunda-posição em vigor na sexta (dezembro), o ganho chegou a 4,14%. (Valor Econômico)

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