Entidades apóiam Requião na nova ofensiva contra pedágio

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Os decretos assinados pelo governador Roberto Requião na última quinta-feira (08/01), tornando de utilidade pública cinco das seis concessionárias de pedágio que atuam no Paraná, está recebendo apoio em todo Paraná. Segundo o governador, este é o primeiro passo para a retomada do controle das estradas, já que as concessionárias passarão a ser empresas pertencentes ao Estado. A conseqüência esperada é a redução das tarifas e a previsão é de que ocorra um desfecho para a questão em até 120 dias. A empresa Caminhos do Paraná, que atua na região de Ponta Grossa e Centro-Sul do Estado, ficou fora das medidas por ter concordado em reduzir em 30% o valor de suas tarifas. "A economia paranaense não suporta mais essa sangria permanente e o que nós buscamos é estancar esse processo que as altas tarifas do pedágio causam em todo a economia do Paraná", afirmou o secretário dos Transportes, Waldyr Pugliesi.

Preocupação - João Paulo Koslovski, presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), salientou que o valor das tarifa de pedágio tem sido motivo de preocupação sistemática das entidades de representação do setor produtivo. Segundo ele, "o pedágio traz reflexos negativos em termos de concorrência com outros Estados, tendo em vista os elevados custos que apresentam as tarifas no Paraná". Anísio Tormena, presidente da Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná (Alcopar), também acredita que o pedágio de manutenção é a melhor alternativa para o Paraná. "A redução das tarifas de pedágio vão refletir diretamente no setor não só no transporte do açúcar, mas também na compra de insumos como o calcário, que apesar de muito barato torna-se caro com o pedágio". Em 2003, o Paraná colheu 29 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produziu 1,8 milhão de toneladas de açúcar. Desse total, 80% foi escoado pelo Porto de Paranaguá. A Ocepar também aposta nas tarifas de manutenção. "O setor produtivo não é contrário à cobrança do pedágio, mas exige uma redução efetiva das tarifas e ao mesmo tempo pede revisão dos critérios de correção das tarifas acordadas nos contratos de concessão, passando a utilizar o critério de custos e serviços efetivamente realizados e auditados", afirmou Koslovski. (Fonte: Agência Estadual de Notícias)

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