ENERGIA II: Cooperativa pode economizar até R$ 2,4 milhões por ano

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Numa estimativa conservadora, a Cooperativa Integrada vai economizar de R$ 1,9 milhão a R$ 2,4 milhões por ano com energia elétrica a partir de 2013. O cálculo foi feito pelo engenheiro eletricista Sérgio Luís Duarte David a partir das informações divulgadas nesta terça-feira (11/09) pelo governo federal. Após meses de estudos, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o preço da energia elétrica ficará 16,2% mais barato para consumidores residenciais e poderá cair até 28% para empresas a partir de fevereiro de 2013.

Gasto - A Integrada tem um gasto anual com energia elétrica de R$ 12 milhões a R$ 15 milhões em 61 contratos - a maioria com a Copel. O engenheiro calculou uma redução de 16%. Mas a economia poderá ser ainda maior. ''O pacote terá um impacto muito positivo para nós. Essa economia iremos reverter em investimentos em infraestrutura e logística em nossas unidades'', afirma.

Segmentos - A medida terá importância maior ou menor de acordo com os segmentos da indústria paranaense, conforme explica Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). ''Teremos de analisar o impacto caso a caso. Existem setores da indústria, como o de papel e celulose e metalurgia, nos quais a energia elétrica pode representar até 40% dos custos. Em outros, como o de vestuário, a repercussão será bem pequena'', ressalta.

Reivindicação - De qualquer forma, segundo o presidente da Fiep, a desoneração da energia elétrica é uma das principais reivindicações do setor. ''Esperamos que os industriais tenham bom senso de repassar esse desconto aos produtos e não incorporar como margem de lucro, afinal de contas o setor sempre reclama da falta de competitividade no mercado internacional'', declara.

Redução significativa - O presidente do Sindicato das Empresas de Informática (Sinfor), Gilmar Machado, diz que até a semana passada não imaginava que o governo fosse anunciar uma redução tão significativa. Na empresa dele, a conta de luz chega a R$ 3 mil. ''Se tivermos uma redução de 28%, são R$ 840 por mês e R$ 10 mil por ano. Dá para comprar oito bons computadores'', exemplifica.

Cálculo semelhante - Quem também faz cálculos parecidos é a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Curitiba (Sindivest), Luciana Bechara. A fatura da indústria dela é de R$ 1,8 mil por mês. Com um desconto de 28%, sobrariam R$ 500 por mês. ''Em um ano, serão R$ 6 mil. Dá para comprar seis máquinas novas'', estima.

Mais informações - Já o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, diz que a medida é ''muito bem-vinda'', mas que gostaria de ter mais informações sobre o pacote para analisar melhor. Em sua indústria, a conta da energia elétrica chega a R$ 200 mil no mês. ''Se eu tiver 20% de redução, serão R$ 40 mil. Será muito significativo'', considera.

 Impacto expressivo - De acordo com o presidente do Sindicato da Indústrias Metalúrgica (Sindimetal), Valter Orsi, o impacto no seu segmento também será expressivo. ''A indústria está lutando por essa medida há dois anos. O governo atendeu essa expectativa, nada mais justo'', declara. Ele considera que o pacote de ontem somado à desoneração da folha de pagamento já promovida pelo governo formam um cenário melhor para a indústria nacional. ''O que falta é o governo fazer as reformas tributária e fiscal'', cobra. (Folha de Londrina)

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