EMATER DO PARANÁ COMPLETA 46 ANOS

A Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, Emater-PR, órgão do governo do Estado vinculado à Secretaria da Agricultura, completou ontem, dia 20 de maio, 46 anos. Presente em todos os 399 municípios paranaenses, a Emater presta atendimento a cerca de 200 mil pessoas que sobrevivem da atividade agropecuária, entre pequenos agricultores, pescadores artesanais, jovens e empresários rurais. Ao longo de sua existência, a empresa tem se empenhado em contribuir para o progresso tecnológico da agropecuária do Estado e para a melhoria da qualidade de vida da família rural paranaense. A Emater teve participação ativa nos principais movimentos de modernização da agricultura no Estado: esteve presente na organização do cooperativismo paranaense e foi por meio da ação extensionista que as práticas de manejo de pragas que diminuem o uso de inseticidas nas lavouras chegaram aos produtores. Trabalhos como a redução de perdas na colheita de soja, o cultivo adensado de café ou a agricultura orgânica conquistaram os agricultores de todo o estado, graças ao empenho dos cerca de 1300 funcionários, dos quais 800 atuando diretamente no campo junto ao produtor rural e sua família.

Cooperativas ? Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, a Emater-PR tem um papel muito importante dentro do agronegócio paranaense, em especial no que diz respeito às cooperativas. "A Empresa foi um dos integrantes do trabalho que definiu um projeto de organização das cooperativas no Paraná. Deu uma contribuição significativa na capacitação dos dirigentes e profissionais cooperativistas. Foi muito importante porque contribuiu para definir o papel do cooperativismo no estado, discutiu a doutrina e o papel da cooperativa. Esse trabalho foi fundamental para os profissionais entenderem o que é o cooperativismo", afirma.

Reconhecimento - Segundo Koslovski, nos anos 90 a produção paranaense de grãos teve um crescimento de mais de 50% e muito desse resultado se deve aos profissionais da Emater-PR. "Eles deram assistência técnica aos produtores, numa ação integrada com as cooperativas. Esse trabalho tem sido fundamental para o aperfeiçoamento tecnológico e o desenvolvimento da agropecuária do estado", observa. Como representante das cooperativas acredita que o grande desafio da Extensão, hoje, é buscar uma reconversão de atividades no Paraná. "Precisamos 'sofisticar' a produção agrícola. Isso quer dizer agregar valor às atividades desenvolvidas pelo agricultor. Hoje a ocupação de grandes áreas com lavouras tradicionais atingiu um limite no Paraná. O pequeno produtor rural enfrenta dificuldades para sobreviver plantando apenas milho ou feijão. Cabe à Extensão Rural orientar o produtor na busca de alternativas para viabilizar a propriedade rural como um todo", ressalta Koslovski.